Ao longo do século XX, a escola continuou utilizando um projeto que foi pensado no século anterior. Também vivemos uma crise no sistema escolar, na qual a maioria da população teve acesso ao ensino, mas isso não garantiu aprendizagem. No livro “Projetos Pedagógicos na Educação Infantil“, as autoras Maria Carmem Silveira Barbosa e Maria da Graça Souza Horn defendem a ideia de que a nossa inteligência vai sendo formada à medida que nos vemos frente a situações desafiadoras.
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Elas levantam a bandeira de que os educadores devem trabalhar com projetos pedagógicos que sejam construídos com os alunos e não para os alunos. A ideia delas é que as escolas sejam reformadas no sentido de não ter mais uma grade curricular fixa e cheia de detalhes e prazos, que exclui quem não se adéqua a ela.
Esse método prevê ambientes de produção de aprendizagem mutantes, que se adaptem conforme o projeto em andamento, e que possibilite às crianças a oportunidade de interagirem com o espaço sem intervenção de um adulto. Para as autoras, os projetos devem ser feitos de acordo com a necessidade da comunidade escolar envolvida e precisam ser alterados ao longo do percurso.
O modelo de projetos pedagógicos na Educação Infantil já acontece em Reggio Emilia, na Itália. Ele provou funcionar e ser sustentável. Como se adapta conforme a cultura e necessidades específicas, ele seria uma ótima opção para uma mudança na educação. O sistema atual não está preparado para as novas gerações e ainda são poucas as instituições que consideram mexer em sua estrutura, desta forma, se torna importante conseguir desenvolver um plano que atualizasse a educação para além de métodos de ensino padronizadores.