Jornalismo não é partido político, mas é usado como se fosse

O que vemos hoje na maior parte da mídia é a representação da oposição, mas uma oposição suja. Veículos chegaram a se tornar o maior partido contra o PT, o Partido da Imprensa Golpista, que estava disposto a tudo em seu próprio nome, para defender seus desejos e os de seus amigos. Jornalismo não é partido para ser oposição ou situação. Os veículos têm sim de ter sua linha ideológica definida, seja de esquerda ou direita, pois é isso vai definir as pautas a serem cobertas, mas a linha seguida não pode interferir no fazer jornalístico em si, na sua ética e na sua credibilidade.

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Atualmente, a mídia brasileira é o maior partido da direita fascista.

Ouvi críticas por ser estudante de jornalismo e apoiar a reeleição de Dilma. Mesmo que, no momento, não esteja trabalhando em nenhum veículo jornalístico colegas cobravam que tinha que ser oposição ou ser neutra e ponto, não poderia defender o que eu acredito. Fiquei pensando nisso e cheguei a conclusão de que o problema não está em acreditar na situação ou oposição, mas sim o PT. Muitos colegas foram contaminados pelo ódio ao Partido dos Trabalhadores, sem saber explicar o porquê, dizem que o jornalista tem que ser oposição ao governo.

Veja também: O partido da imprensa golpista

O que vemos hoje na maior parte da mídia é a representação da oposição, mas uma oposição suja. Veículos chegaram a se tornar o maior partido contra o PT, o Partido da Imprensa Golpista, que estava disposto a tudo em seu próprio nome, para defender seus desejos e os de seus amigos. Jornalismo não é partido para ser oposição ou situação. Os veículos têm sim de ter sua linha ideológica definida, seja de esquerda ou direita, pois é isso vai definir as pautas a serem cobertas, mas a linha seguida não pode interferir no fazer jornalístico em si, na sua ética e na sua credibilidade.

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A democratização da mídia é mais do que necessária.

O cientista político Sérgio Amadeu disse em entrevista que se não fosse a internet, o tucano teria ganho, pois a mídia está ao lado dele. Com o mundo digital, fica mais fácil o compartilhamento de informações e o esclarecimento de mentiras e boatos. Com a mesma estratégia usada agora, o jornalismo elegeu Collor em 89, mas dessa vez não funcionou, e colocou em discussão a credibilidade dos veículos.

Além do mais é preciso analisar o efeito de denúncias sem provas, que tentaram dar um golpe eleitoral para ter a direita novamente no poder. Diante disso, surge o pelo para que Dilma se imponha e faça as reformas necessárias, entre elas a reforma política e a democratização da mídia. A semana pós-eleições já começou com vingança, deputados se uniram e derrubaram a participação popular por meio de conselhos. Também é preciso que os movimentos sociais tomem as ruas e que o governo dialogue mais com eles ou a mídia golpista vai voltar a vencer.

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