Após assembleia, professores decidem continuar greve no estado de SP

Assembleia marca continuidade da greve no Estado de SP com adesão de mais de 100 mil professores.

Foto: APEOESP Guarulhos.
Foto: APEOESP Guarulhos.

Nesta sexta-feira (20), por volta de 5 mil professores se reuniram durante e após a assembleia para decidir a continuidade da greve da categoria em todo o Estado de São Paulo, segundo a APEOESP (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo). Os professores, que terminaram o ato na Secretaria da Educação do Estado de SP, lutam contra as condições de trabalho promovidas pelo governador Geraldo Alckmin após o fechamento de salas de aula no início deste ano e pela administração da educação pública durante os 20 anos que o tucanato paulista desgoverna o estado. As informações são da Revista Fórum.

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O vão do MASP foi completamente tomado pela assembleia dos professores do Estado de São Paulo, que estão em greve em todo o estado, com mais de 100 mil professores em adesão, informa a APEOESP. A greve, que se iniciou na segunda-feira (16), é parte da luta por melhores condições de trabalho e melhorias no próprio sistema de ensino público e continuará após decisão dos professores nesta sexta-feira.

Os professores marcharam até a Secretaria Estadual da Educação. Foto: APEOESP Guarulhos.
Os professores marcharam até a Secretaria Estadual da Educação. Foto: APEOESP Guarulhos.

Situação atual

As escolas paulistas estão com salas superlotadas, professores estão sendo demitidos, professores temporários trabalham com insegurança ainda maior que os professores concursados, a categoria recebe um salário 75,33% menor que outras categorias com exigência de ensino superior – tudo isso ainda é complementado com a exigência do aumento do vale transporte e vale refeição, a garantia de água nas escolas e a retirada do bônus salarial, para que seja transformado em reajuste salarial. Alguns relatos podem ser vistos no vídeo abaixo, registrado pela TVT durante a reunião dos professores para assembleia, onde relatam a falta de objetos básicos para as escolas, como papel higiênico.

Tudo isso recebe aporte da iniciativa neoliberal do Governo Paulista para privatizar o ensino fundamental, médio e superior, em uma estratégia de sucateamento do ensino público e afunilamento das opções de educação para o ensino privado.

Abaixo um vídeo da ocupação do vão livre do MASP, durante a assembleia.

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