Governo Alckmin não dá aumento e greve dos professores continua

A categoria de professores do estado de São Paulo decidiu hoje (15) continuar a greve após assembleia no vão livre do MASP.

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Foto: Reprodução/Twitter.

A categoria de professores do estado de São Paulo decidiu hoje (15) continuar a greve após assembleia no vão livre do MASP. Já são 64 dias de paralisação e nenhum acordo com a Secretaria Estadual da Educação. As informações são da Revista Fórum.

A greve exige aumento de salários e melhores condições de trabalho para a categoria, mas Herman Voorwald, secretário estadual da educação, em reunião com a direção do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), não apresentou nenhuma proposta de reajuste salarial. Sobre este assunto, sua única promessa foi a de um aumento, no entanto, sem números apresentados. Entre suas promessas, o secretário comentou sobre aumento do tempo de contratação de temporário para três anos (atualmente se dá por um ano) e desmembração das salas de aula superlotadas.

Após assembleia, a categoria seguiu em ato pela Avenida Paulista.

Governo sem credibilidade

A desconfiança do sindicato em relação à falta de número de Voorwald é razoável: o Governo do Estado de São Paulo realizou uma alteração inescrupulosa na lei de repasse de verba às universidades públicas. No texto, que garantia um repasse de, no mínimo, 9,75% do ICMS, o termo “no mínimo” foi trocado por “no máximo”.

“Com isso, [o governo estadua] tenta reduzir ainda mais os recursos para universidades, num momento em que nossas entidades lutam pelo aumento deste repasse, uma vez que até o governo Alckmin sabe muito bem que os atuais 9,57% são insuficientes para garantir a qualidade do ensino”, diz a nota da Associação dos Docentes da Unicamp (Adunicamp) sobre o assunto.

Histórico

Em 16 de março começou a greve com adesão espontânea de mais da metade da categoria, segundo a Apeoesp, desde então, o governador do estado de São Paulo nega a validade da greve, nega sua presença e ignora todas as tentativas de negociação, até a situação se agravar com o início do terceiro mês de paralisação.

Segunda Marta Silva, entrevistada pelo Colunas Tortas logo no início da greve, “Ele nos trata como insignificantes, não respeita os direitos trabalhistas dos professores contratados, criou a divisão do professorado em categorias ( “O” , efetivo, e estável) e não respeita a lei do 1/3 que prevê que um terço da nossa jornada seja para organizar trabalhos e planejamento”.

2 Comentários

  1. Infelizmente é essa a realidade da nossa educação. “Educação”!? Será que é esse mesmo o nome do que o estado promove para nossos jovens? O “estado” é a máquina de exclusão mais eficiente que ´já existiu.

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