Escolher é ser radical

Toda forma de levar o homem a uma prisão de pensamento é completamente abolido por Jean Paul Sartre. Clique aqui e leia tudo!

Jean Paul Sartre, filósofo francês do último século foi o pai da teoria existencialista. Por certo, este termo para nós parece ser motivador da liberdade de escolhas. No entanto, será que realmente somos livres por fazer escolhas e concretizá-las? Sei que não se trata de mera obviedade. O tempo passa e a gente também pode mudar com ele. Preste atenção que afirmei “pode” e não “deve”. Uma diferença totalmente importante.

A racionalização da responsabilidade de escolher nos leva a angustia, ao medo do porvir, a confiança e alegrias. E também a uma série de sentimentos. Acreditamos e fazemos o que é certo dentro de um padrão moral costumeira e de uma ética universal.  Infelizmente não se pode agradar a todos. Uma escolha sempre é (creio que em sua totalidade), objeto de participação, mesmo sabendo que é um recorte. Escolher é desapegar a algo e firmar laço em outro. Não dá para ser 100% de positividade e negativismos. Como o autor declarou: “Cada homem deve inventar seu caminho”.

A fundamentação filosófica de Sartre se encontra no julgamento da consciência em dois graus. No primeiro, a consciência perpassa a si para chegar ao objeto ou ato lógico e acaba por se exaurir pela própria condição. Questão de percepção da consciência. Já para o segundo grau, a consciência consiste na própria consciência do objeto. Há a possibilidade de o EU ser consciente do que se tem consciência. Justamente por isso, Sartre o denominou por reflexiva, pois é particular do ser humano.

Nesse universo de corrente de pensamento racional que nos guia a teoria do autor à liberdade. Pelo livre arbítrio, cada homem pode escolher aquilo que se gostaria de ser (mesmo a gente sabendo que não é tão fácil quanto parece). Toda forma de levar o homem a uma prisão de pensamento é completamente abolido por Jean Paul Sartre. “Somos indivíduos livres e nossa liberdade nos condena a tomarmos decisões durante toda a nossa vida. Não existem valores ou regras eternas, a partir das quais podemos no guiar. E isto torna mais importantes nossas decisões, nossas escolhas.”

Tento fazer uma abordagem resumida sobre o tema quando me veio em um lapso de mirar uma criança de menos de um ano e meio. Era uma menina que dá os primeiros passos e está começando a enxergar o mundo mesmo que ela não fale mais do que palavras monossilábicas e oxítonas. Creio que ela está em harmonia com sua consciência uma vez que para acontecer às coisas precisaria dominar o nada, ou melhor, o não-ser. Esse raciocínio para Sartre é essencial. O nada para ser nada necessariamente tem cavado do próprio ser. É através do ser que emerge o nada. Maneira de ser da consciência que gera um conjunto não existencial.

E eu fiquei por algum instante, com a taça de vinho tinto Bordeaux na mão pensando nisso e vendo a poucos metros de mim o quanto que aquela menininha era sortuda!

1 Comentários

  1. Bom.. me desculpe mas seu texto não trouxe qualquer discussão substantiva sobre o existencialismo e sobre o Sartre.
    Absolutamente estéril, sem uma discussão efetiva. Sem pé nem cabeça.
    Aparentemente você não compreendeu bem as discussões do querido zarolho.
    Sugiro a leitura de O existencialismo é humanismo e das obras de ficção dele.

    Abraço

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