MACHADO, Roberto. Por uma genealogia do poder IN Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Edições Graal, 13ª edição, 1998, p. XII – XV. Uma coisa não se pode negar às análises genealógicas do poder: elas produziram um importante deslocamento com relação à ciência política, que limita ao Estado o fundamental de sua investigação sobre o…
Autor: Colunas Tortas
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O Colunas Tortas é uma proto-revista eletrônica cujo objetivo é promover a divulgação e a popularização de autores de filosofia e sociologia contemporânea, sempre buscando manter um debate de alto nível – e em uma linguagem acessível – com os leitores.
Nietzsche, Foucault, Cioran, Marx, Bourdieu, Deleuze, Bauman: sempre procuramos tratar de autores contemporâneos e seus influenciadores, levando-os para fora da academia, a fim de que possamos pensar melhor o nosso presente e entendê-lo.
Regime de verdade em Michel Foucault – DROPS #44
FOUCAULT, Michel. Do governo dos vivos. 1ª edição. Martins Fontes: São Paulo, 2014, p. 85-89. Tratar-se-ia portanto, nas aulas seguintes, de estudar o cristianismo – bem, é claro, alguns aspectos parciais do cristianismo: encarar esses aspectos não do ponto de vista da ideologia, como lhes explicava da última vez, mas [pelo ângulo] do que lhes…
A guerra em Foucault, por Judith Revel – DROPS #43
REVEL, Judith. Michel Foucault: conceitos essenciais. Tradução: Maria do Rosário Gregolin, Nilton Milanez, Carlos Piovesani. São Carlos: Claraluz, 2005, p. 56-57. *Foucault se interessa pela guerra durante um período relativamente breve, entre 1975 e 1977, e de maneira extremamente intensa, pois ele lhe consagra um ano de curso no Collège de France. A primeira…
Educação crítica e educação palavresca, por Paulo Freire – DROPS #42
FREIRE, Paulo. Educação e Massificação IN Educação como prática de liberdade. 1ª edição, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2015. Versão digital. Nada ou quase nada existe em nossa educação que desenvolva no nosso estudante o gosto da pesquisa, da constatação, da revisão dos “achados” — o que implicaria o desenvolvimento da consciência transitivo-crítica. Pelo…
A heterotopia das colônias, por Michel Foucault – DROPS #39
Da série “As heterotopias“. [As heterotopias] são a contestação de todos os outros espaços, uma contestação que pode ser exercida de duas maneiras: ou como nas casas de tolerância de que Aragon falava, criando uma ilusão que denuncia todo o resto da realidade como ilusão, ou, ao contrário, criando outro espaço real tão perfeito, tão…
Os seis princípios da heterotopologia, por Michel Foucault – DROPS #38
Da série “As heterotopias“. FOUCAULT, Michel. O corpo utópico / As heterotopias. Tradução de Salma Tannus Muchail. 1ª edição, São Paulo: N-1 edições, 2013, p. 21-29. A sociedade adulta organizou, e muito antes das crianças, seus próprios contraespaços, suas utopias situadas, esses lugares reais fora de todos os lugares. Há, por exemplo, os jardins, os…
“Nosso objetivo não é a felicidade dos homens”, por Louis Althusser – DROPS #37
ALTHUSSER, Louis. Conversa com Waldeck Rochet. Crítica Marxista, n.47, p.185-191, 2018. Disponível em <<https://www.marxists.org/portugues/althusser/1966/07/02.htm>>. Acesso em 29 mar 2023. Sim, ele diz, eu não estou de acordo com você, não podemos dizer que o marxismo é um anti-humanismo. Anti-humanismo teórico, eu sustento, justamente se eu posso lhe fazer uma crítica, é que você pulou a…
O ritual da verdade, por Michel Foucault – DROPS #36
FOUCAULT, Michel. Do governo dos vivos. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2014, p. 6-8. Negritos meus. [Em primeiro lugar] me parece – e mais uma vez, fiquemos com o exemplo de Sétimo Severo – que esse verdadeiro cuja manifestação acompanha o exercício do poder extravasa amplamente os conhecimentos que são úteis para o governo. Colunas…
O fascismo é a verdadeira face do capitalismo, por Bertolt Brecht
Bertrold Brecht entende o fascismo como parte do capitalismo e compreende que a luta contra o fascismo é, acima de tudo, uma luta contra o sistema capitalista que permite a gestão da violência a favor dos monopólios dos meios de produção.
A língua é fascista, por Roland Barthes – DROPS #35
BARTHES, Roland. Aula. 14ª edição. São Paulo: Cultrix, 2013, p. 1-15. Eu deveria começar por interrogar-me acerca das razões que inclinaram o Colégio de França a receber um sujeito incerto, no qual cada atributo é, de certo modo, imediatamente combatido por seu contrário. Pois, se minha carreira foi universitária, não tenho entretanto os títulos que…