Como fazer análise do discurso: metodologia – DROPS #58

FERNANDES, Caroline. Análise do Discurso: o que é e como faz? | Capacitações PET. Canal do Youtube do Grupo PET – Letras. Disponível aqui. Acesso em 14 de novembro de 2023. Como fazer análise do discurso? Primeiramente, é necessário fazer algumas considerações acerca da metodologia na análise do discurso. O primeiro ponto é: Michel Pêcheux…

Formação discursiva e interdiscurso – Michel Pêcheux

A formação discursiva entra como resolução dos problemas que as condições de produção do discurso haviam dado a Pêcheux no início do desenvolvimento da Análise do Discurso Francesa (AD). Mais a frente, ela se relaciona com o conceito de formação ideológica e interdiscurso: a formação discursiva é aquilo que afirma o que se pode dizer dentro de uma formação ideológica dada e é definida através dos interdiscursos que lhe dão possibilidade de existência. Por fim, o conceito implode na terceira fase da AD.

Analise do discurso em Michel Pêcheux – DROPS #57

Michel Pêcheux nasceu em 1938, tornou-se filósofo na Escola Normal Superior em 1963 e teve como dois fortes mentores intelectuais Louis Althusser e Georges Canguilhem. O último lhe apoiou na entrada no laboratório de psicologia social do Centre national de la recherche scientifique (CNRS), em 1966[1]. Em 1969 inicia seus desenvolvimentos acerca da análise do…

Ideologia e Aparelhos Ideológicos de Estado – Louis Althusser: uma resenha

Da série “Michel Pêcheux: Conceitos Fundamentais“. O ensaio Ideologia e Aparelhos Ideológicos de Estado[1], de Louis Althusser merece ser objeto de nossa preocupação e estudo não só pelo valor que tem como início de uma teoria do Estado marxista, mas também pela importância que tem na obra de Michel Pêcheux, ao inserir o conceito de ideologia levado…

A formação discursiva bolsonarista – Michel Pêcheux

A formação discursiva bolsonarista é preenchida com memórias discursivas do liberalismo clássico e de sua concepção de sujeito, pertence a uma formação ideológica que insere a liberdade abstrata como elemento central de formulação ética e que interpela os sujeitos em sujeitos anacrônicos, pertencentes a uma realidade liberal clássico do início do século XX (e fim do século XIX). 

Sujeito em análise do discurso, por Jean-Jacques Courtine – DROPS #26

COURTINE, Jean-Jacques. Análise do discurso político: o discurso comunista endereçado aos cristãos. São Paulo: EdUFSCAR, 2009, p. 87-89. Se o sujeito do enunciado não pode ser concebido como idêntico ao autor da formulação é porque o sujeito do enunciado “é uma função vazia podendo ser preenchida por indivíduos até certo ponto indiferentes, ao formularem o…

O interdiscurso – Dominique Maingueneau

O interdiscurso aparece como exterior específico de uma FD que, nesta relação de exterior interiorizado e depois expresso discursivamente, se faz como parte integrante do entendimento da formação discursiva. Dominique Maingueneau reafirma o primado do interdiscurso a partir do entendimento de que há o Outro, parte integrante do caráter dialógico de todo enunciado do discurso, que se faz enquanto resposta a algo dito alhures.

O gesto de leitura político – Michel Pêcheux

O gesto de leitura é o atravessamento do sujeito pelo discurso expresso na forma da escritura a respeito de outros textos, outros discursos. Neste trabalho, os discursos de Ciro Gomes, Fernando Haddad e Marina Silva são analisados para se compreender o gesto específico de suas leituras a respeito da reunião ministerial do Governo Bolsonaro ocorrida no dia 22 de abril de 2020. Os resultados são os esquemas semânticos de cada candidato para dar vazão aos seus olhares próprios a respeito do acontecimento.

Formação discursiva em Foucault e Pêcheux: diferenças e semelhanças

Michel Foucault e Michel Pêcheux utilizam a noção de formação discursiva para dar conta de seus desenvolvimentos na análise dos discurso. Para Foucault, trata-se de uma noção que dá conta das contradições internas do próprio discurso, da própria maneira de se ver seus objetos, enquanto Pêcheux trabalha esta noção através dos processos de identificação e assujeitamento, o que prolifera em quantidade a presença das formações discursivas.