Literatura e personagem

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Em seu ensaio Literatura e Personagem, Anatol Rosenfeld se dedica a identificar as características produção literária ficcional que a distinguem de outros tipos de textos, como artigos científicos, reportagens, ensaios de filosofia, etc.

A obra literária

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De início, Rosenfeld nos apresenta a ideia de que a obra literária, no sentido de Belas Letras, pode ser assim categorizada não apenas pelo seu valor estético, mas também pelo seu caráter ficcional.

O PROBLEMA ONTOLÓGICO

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Mas se a identificação do que constituiria um “alto valor estético” na obra de arte é já um problema, outro problema é o que torna um texto ficcional. Para tanto, Rosenfeld examina três questões distintivas do texto de ficção, começando pelo que chama de problema ontológico. Em qualquer texto, uma das funções das orações é a projeção de determinados “contextos objectuais”, relações entre objetos e suas características, como sua constituição ou o espaço que ocupam.

Literatura e personagem

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A diferença, porém, entre uma mesma oração em um texto ficcional e um texto não ficcional é a referência do contexto objectual produzido por ela.

Literatura e personagem

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Uma matéria de jornal que apresente a oração “o vaso estava na mesa” faz referência a um vaso que existe na realidade, de maneira separada e independente da oração. A mesma oração em um texto ficcional não faz referência a vaso nenhum, objeto é produzido pela oração e nela se encerra.

O PROBLEMA LÓGICO

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A seguir, Rosenfeld apresenta a segunda questão, o problema lógico. Enunciados em textos científicos, jornalísticos, históricos, podem (e são) medidos e valorados por ideias de verdade e mentira. A obra de ficção é alheia a essas considerações de verdade e mentira e não pode ser valorada por meio destas.

O PROBLEMA EPISTEMOLÓGICO

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A terceira questão apresentada por Rosenfeld é o problema epistemológico. O autor trata da questão da personagem, que considera ser a maior característica do texto ficcional. Ainda que a poesia apresente determinados aspectos psíquicos e sentimentais realmente existentes no autor, quem nos declama estes aspectos por meio de versos é uma personagem completamente ficcional, cuja relação com o autor é indireta.

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emil cioran e o fazer filosófico

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