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Herdeiro da tradição irracionalista, Emil Cioran (1911 – 1995) sugere a impossibilidade de escapar das aflições humanas, visto que não podemos nem afirmar e nem negar a nossa Vontade – a única coisa que restaria, então, seria conviver em um mundo de dor e sem propósito, podendo apenas aceitá-lo ou odiá-lo.
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Enfatizando o instinto em detrimento da razão, o filósofo se colocará contra o modo com que é feito o exercício filosófico de seu tempo: um saber artificial e frio, que não toca nas aflições humanas.
"Nunca se criticará demasiado o século XIX por haver favorecido essa corja de glosadores, essas máquinas de ler, essa malformação de espírito que encarna o Professor – símbolo do declínio de uma civilização, do aviltamento do gosto, da supremacia do trabalho sobre o capricho" - EMIL CIORAN
OS CAMINHOS DO TAOISMO
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Para o pensador, há um tipo de sofrimento insolúvel que tem início com a lucidez, sendo esta entendida como a consciência da consciência, o reconhecimento da farsa de nossa própria subjetividade.
“Cada um é para si mesmo um dogma supremo; nenhuma teologia protege seu deus como nós protegemos nosso eu; e este eu, se o assediamos com dúvidas e o colocamos em questão, é apenas por uma falsa elegância de nosso orgulho: a causa está ganha de antemão” - EMIL CIORAN
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