@colunastortas
O sujeito não é um ser que começa a partir do nada. Da mesma forma, também não é um fantoche fabricado para os desígnios do poder. A relação que se dá na constituição do sujeito está para além da mera primazia da máquina social que o forma ou da consciência autodeterminada que desbrava o mundo, esse grande objeto sensível pronto para ser percebido e absorvido pelo sujeito.
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É por isso que a noção de agência é importante. o agente social na definição da sociologia contemporânea tomando como base Foucault, Bourdieu, Giddens entre tantos outros autores, é aquele que foi constituído pelas estruturas do mundo exterior a ele e que, durante o processo de socialização, as introjeta transformando suas coordenadas em uma estrutura interna.
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Por exemplo, segundo Althusser, o Estado precisa ser visto como um aparelho. mas é correto afirmar que os sujeitos submetidos aos aparelhos estatais acabam se tornando seus sujeitos ideais? Simplesmente falar sobre os aparelhos sem se atentar aos próprios sujeitos e à multiplicidade de suas vidas é justamente não considerar a agência.
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O objetivo destas observações é demonstrar que o sujeito ideal descrito pelos modelos macro não existe. Não existe “O homem”, “A mulher”, “O marxista”, “A francesa”, “O islâmico” e etc. Essas denominações são modelos aplicados a esmo sem qualquer correspondência com a prática.
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A falsa dicotomia entre sujeito e objeto está localizada na perspectiva unilateral do processo social.