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O tempo é significado e ressignificado de acordo com as mudanças que ocorrem em cada sociedade. O tempo não é só uma marcação linear progressiva, mas também é uma maneira de classificar a vida em partes: algumas úteis, algumas inúteis, algumas de trabalho, algumas de lazer e de tantas formas como for possível imaginar.
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Katy Wright, do Bauman Institute, na Inglaterra, realizou uma pesquisa sobre a utilização do tempo entre as pessoas do bairro de North Woods, na cidade de Leeds. O objetivo era entender a baixa adesão dos moradores a trabalhos voluntários na região.
LAÇOS LÍQUIDOS
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Segundo Wright, as novas configurações do tempo na modernidade líquida podem ser um início de explicação para este fato. As pessoas, nos anos 70 e 80, tinham um certo “programa” mais ou menos previsível: em sua maioria, trabalhavam em centros industriais da região, frequentavam as mesmas boates, os mesmos restaurantes e os mesmos bares.
LAÇOS LÍQUIDOS
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O pub mais frequentado por trabalhadores da região – por exemplo – tinha grande fluxo de clientes às sextas-feiras, no dia de pagamento, então, o happy-hour era compartilhado por muitos moradores de North Woods.
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Entretanto, com a flexibilização do trabalho e com o aumento do desemprego (o nascimento dos redundantes, os desempregados crônicos), não há mais este horário compartilhado por toda a comunidade local. Os laços de harmonia e associação são perdidos com a falta destes pequenos rituais de congregação.
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Desta forma, realizar trabalho voluntário na comunidade não se torna algo que vale a pena por si, mas sim algo destinado a certos tipos de pessoas.
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