O melhor de 2014: baixe três livros de teoria crítica gratuitamente (Pt 3)

Mais três livros para download gratuito sobre teoria crítica.

Resenhas originalmente publicadas no site Critical Theory.

Em Settler common sense, Mark Rifkin explora a forma como alguns dos mais canônicos escritores americanos participaram no legado de deslocar os nativos americanos. Embora os livros nos quais ele se foca não sejam sobre os índios, eles servem como exemplos do que Rifkin chama de “senso comum colonial”, dando por certo a estrutura jurídica e política por meio do qual os povos indígenas continuam a ser despossuídos.

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Veja também: O melhor de 2014: baixe três livros de teoria crítica gratuitamente (Pt 2)

Queer insists é um ensaio memorial, um trabalho de luto, escrito para o teórico queer e estudioso do desempenho escolar José Esteban Muñoz (1967-2013), pouco depois de sua morte prematura, em dezembro de 2013. Em uma série de fragmentos, e não diferente do Diário matinal de Roland Barthes , Michael O’Rourke compartilha memórias de Muñoz, as histórias e reflexões de seus amigos na esteira de sua morte, e leituras de sua obra a partir de “Disidentifications to Cruising Utopia” para além. O’Rourke argumenta que, para Muñoz, o queer não existe por si só, mas sim insiste, solicitando-nos do futuro por vir. Muñoz chegou aos mundos “teleopoiéticos” conforme inventou uma teoria queer ainda que temos de encontrar, mas somos convidados a vislumbrar. Entre os temas Muñozianos, as discussões deste livro são esperança, utopia, afeto, punk rock, heresia, os “incomuns”, temporalidade, hauntology [1], esquecimento, perda, coisas efêmeras, partage [2], sentido, incomensurabilidade, o evento e a democracia. Lendo Muñoz como um teórico Rogue, este livro empresta muitos do que recebemos (e ainda temos de receber) dele, marcando o vigor e luminescência de seu pensamento, e insiste na singularidade rara e preciosa de seu trabalho. Muñoz lega-nos estudos queer sem a condição de que é nosso dever promovê-los e suportá-los conforme carregamo-los e a ele no futuro desconhecido de uma indisciplina “.

[1] Ideia dentro da filosofia da história introduzida por Jacques Derrida em seus “Espectros de Marx”, de 1993. A ideia sugere que o presente existe apenas em relação ao passado, e que a sociedade, após o fim da história, vai começar a orientar-se no sentido de ideias e de estéticas que são consideradas como rústicas, bizarras ou ultrapassados, isto é, para o “fantasma” do passado. Derrida afirma que por causa deste realinhamento intelectual, o fim da história será desfavorável e insustentável.

[2] Partage, a partir da palavra francesa que significa “compartilhar”, era um sistema posto em prática para dividir a posse de artefatos escavados durante o início do século 20. Este sistema foi utilizado principalmente nomeadamente no Egito, Iraque, Turquia e Afeganistão .

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Neste diálogo amplo e convincente, estes dois grandes pensadores exploram o papel da política no mundo de hoje e consideram a necessidade de uma teoria formal de organização política comunista. Se eles estão lidando com a era das revoluções e, em particular, com a Comuna de Paris e a Revolução Cultural chinesa, ou discutem o infinito, o universal, o nome “judeu”, a violência, o capitalismo, a esquerda, ou a Europa, o ceticismo de Jean-Claude Milner corre constantemente contra a paixão doutrinária de Alain Badiou.

Este debate extraordinário acaba por conduzir a novas áreas de questionamento e mostra que não há melhor remédio para o poder esmagador do pensamento influenciado pela mídia do que o renascimento das grandes disputas da mente.

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