A Dialética do Esclarecimento – Adorno e Horkheimer: uma resenha

A Dialética do Esclarecimento, de Adorno e Horkheimer, é um diagnóstico potente do pós-guerra. É a afirmação de que o projeto do iluminismo saiu pela culatra.

Índice

Introdução

A terra totalmente esclarecida resplandece sob o signo de uma calamidade triunfal [Adorno e Horkheimer –
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Uma coisa precisa ser dita antes de qualquer tentativa de resenhar este texto: ele é denso. A Dialética do Esclarecimento, de Adorno e Horkheimer, é um diagnóstico de época, uma análise multifacetada de como a nossa sociedade chegou aonde chegou. Como? Vejamos.

Dialética do esclarecimento em Adorno e Horkheimer.

A Dialética do Esclarecimento – Adorno e Horkheimer reviram o iluminismo

Dialética do Esclarecimento, de Adorno e Horkheimer.
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Se vivemos em um tempo de luzes, de aumento cada vez maior da técnica e das tecnologias, por que, ao invés de caminharmos para o término dos conflitos, para a resolução de problemas essenciais (como a fome no mundo, as intermináveis guerras, as incontáveis desigualdades políticas e sociais e etc) da humanidade, estamos em épocas ainda piores? Por que o ser humano não conseguiu sair do estado de tutela que, segundo Kant, ele estava por sua própria culpa? Kant dizia que o iluminismo era a única maneira do homem (sic) tomar para si a própria tutela, ou seja, adquirir maioridade. O que houve, então?

No texto Dialética do esclarecimento, Adorno e Horkheimer, pesquisadores da chamada Escola de Frankfurt, estão fazendo uma análise logo após a Segunda Guerra Mundial. A grande questão é, se o esclarecimento (o iluminismo e toda sua tentativa de universalizar o conhecimento) deveria levar a espécie humana para sua maioridade, então por que o nazi-fascismo cresceu de maneira tão forte? Por que as massas apoiavam Hitler, Mussolini, Salazar e seu companheiros?

Os regimes fascistas deixavam a exploração e a dominação claros. Eram regimes que não tinham a preocupação de utilizar aparelhos estatais para disfarçar a dominação. A sociedade era controlada pelo medo e pela violência, tudo e todos poderiam ser o inimigo e tudo e todos eram agentes de vigilância do outro. Quem saísse da linha era delatado.

O Desencantamento na dialética do esclarecimento

O princípio da análise na Dialética do Esclarecimento, Adorno e Horkheimer relacionam a conclusão de Weber com o mundo pós-guerra: o mundo racional-burocrático passa por uma processo de desencantamento. O que isso significa? Para tentar localizar este desencantamento, eles percorrem um caminho histórico desde as sociedades indígenas, para indicar que a separação cultura X natureza é o ingrediente básico e essencial para o nascimento da divisão do trabalho como conhecemos e para o nascimento da dominação.

A natureza é o instável, é aquilo que não se conhece, mas é aquilo que se tenta sempre conhecer. O medo propulsiona o sujeito para o conhecimento e o faz interpretar a natureza de forma que ele mesmo é parte da interpretação. Aí nasce o mito. O mito é uma reflexão sobre a natureza: é uma maneira de indicar um nascimento, de explicar o presente e de evocar um futuro não tão distante. No mito, tudo acontece com um objetivo claro e tudo tem significado, mas além disso, tudo tem relação direta com a sociedade em que o mito foi criado. Não existem mitos “distanciados” da realidade vivida, vistos de maneira “neutra” e “afastada”.

Filosofia Existencial: Encontre Propósito com o Conhecimento

O irracionalismo dos mitos foi deixado para trás desde Platão e a tentativa de pensar o mundo como objeto, ou seja, pensar o mundo sem se identificar com ele, se iniciou. O nascimento da filosofia se dá sobre uma tentativa de se afastar da mitologia, mas ainda antes disso, um outro acontecimento foi decisivo para a mudança das formas de dominação. Se antes a dominação era diretamente ligada ao trabalho, à modificação da natureza (se dominava a natureza), depois do nascimento da noção de propriedade privada autorizada, com a fixação das tribos em terras estáveis de cultivo (deixando o nomadismo no passado), a dominação se separou do trabalho.

Os que não trabalhavam poderiam ser dominadores, pois poderiam exercer poder tendo propriedade dos meios de produção. Para os autores, os próprios mitos já mostravam a formação da divisão do trabalho, como quando Ulisses, para passar pelas sereias (na Ilíada), coloca cera nos ouvidos de todos os marujos remadores, com objetivo de que consigam trabalhar a pleno vapor, enquanto ele próprio é amarrado ao barco, para conseguir escutar o canto das sereias. Eis aí uma divisão do “empregador” e do “empregado”.

Quando, a partir do saber filosófico desenvolvido na Grécia, o homem passa a não mais se identificar com o mundo, mas se posicionar em oposição a ele, o caminho para a dominação irrefreável está aberto. Entretanto, a radicalização que o iluminismo trouxe para o pensamento humano, obrigando a aplicação do método científico e impossibilitando que qualquer outro discurso tivesse validade para enfrentá-lo, acabou completamente com o caráter imaginário das interpretações do mundo.

O desencantamento é produto da primazia da técnica. O método científico é pura técnica e cálculo. O controle da natureza foi elevado ao máximo e as incertezas que o mito produzia são eliminadas pela interpretação pretensamente objetivas do método científico. É assim que o projeto da modernidade pode ser definido como o desencantamento do mundo e o conhecimento se torna cada vez mais uma fonte de poder.

Dominação sobre o próprio homem

O homem ter se tornado superior à natureza também possibilitou a noção da superioridade do homem sobre o homem. A dominação ao outro se dá por que o outro é somente parte da natureza já subjugada. Esta dominação não depende do sistema econômico-social vigente. Em qualquer sistema, seja capitalista ou socialista, a primazia da técnica tem os mesmos efeitos.

A força do esclarecimento está, então, em sua própria contradição. O sistema vigente é sempre fortalecido na mesma medida em que faz parecer que seu fim está próximo, já que as tecnologias aumentam a possibilidade de conforto para a espécie humana ao mesmo tempo em que intensificam a exploração e a dominação.

Assim como qualquer sistema, o esclarecimento é totalitário, ele entra em todas as esferas da vida e se instala dramaticamente.

A reprodução incessante da técnica e o desencantamento do mundo também produzem sujeitos desencantados. Esses são sujeitos racionalizados e completamente adaptáveis à autoridade da esfera econômica, são vazios, são somente casca, são sujeitos ocos, é por isso que o mercado passa a ser o novo juiz dos valores e das liberdades dos sujeitos da modernidade desencantada ao extremo.

O sujeito da economia, que seria o sujeito racional, toma o mercado, esfera última da interação humana em um mundo desencantado, como o verdadeiro produtor de valores que podem e devem ser seguidos. Para os autores, a grandiosidade que o poder do esclarecimento forneceu ao homem foi o seu sucesso e seu fracasso. Foi a crescente dominação da natureza que viabilizou o esvaziamento do homem e sua total submissão às tecnologias.

Foi também o desenvolvimento da Indústria Cultural que possibilitou um controle completo sobre o homem: a indústria cultural é um complexo de comunicação e simbolização que perpetua as estruturas vigentes, causando estímulos aos quais o público espectador não tem respostas adequadas. A indústria cultural não fomenta convicções, impulsos de transformação, reflexões sobre o mundo, muito pelo contrário, seu papel no mundo de superficialidade é evitar todos os impulsos que poderiam formar um sujeito de fato ativo.

Segundo os autores, então, é a equação conhecimento = poder gerado pela primazia da técnica que causa a subjugação e dominação do homem. A “triunfante calamidade” é o desastre criado pelo próprio homem com base em uma filosofia que pretendia livrá-lo de qualquer forma de dominação. O iluminismo trabalha, desta forma, como um mecanismo de mistificação das massas. Ele universaliza o conhecimento e faz com que todos os conhecimento locais sejam engolidos pelo saber vigente, concentrado na figura do Estado e da ciência.

A Dialética do Esclarecimento mostra que a barbárie, com uma roupagem científica e racional, domina as esferas da vida e não é nem mesmo percebida. Chega a ser incentivada e apoiada pelas massas, incapazes de perceberem que o avanço científico trouxe consigo a permanente exploração de seus corpos e de suas almas.


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Anexo

Horkheimer, M. & Adorno, T. W. (1985). O conceito de esclarecimento. In M. Horkheimer & T. W. Adorno (Orgs.), Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos (G. A. Almeida, Trad., pp. 19-52). Rio de Janeiro: Jorge Zahar. (Original publicado em 1947)

O Conceito de Esclarecimento

No sentido mais amplo do progresso do pensamento, o esclarecimento tem perseguido sempre o objetivo de livrar os homens do medo e de investi-los na posição de senhores. Mas a terra totalmente esclarecida resplandece sob o signo de uma calamidade triunfal. O programa do esclarecimento era o desencantamento do mundo. Sua meta era dissolver os mitos e substituir a imaginação pelo saber. Bacon, “o pai da filosofia experimental”, já reunira seus diferentes temas. Ele desprezava os adeptos da tradição, que “primeiro acreditam que os outros sabem o que eles não sabem; e depois que eles próprios sabem o que não sabem. Contudo, a credulidade, a aversão à dúvida, a temeridade no responder, o vangloriar-se com o saber, a timidez no contradizer, o agir por interesse, a preguiça nas investigações pessoais, o fetichismo verbal, o deter-se em conhecimentos parciais: isto e coisas semelhantes impediram um casamento feliz do entendimento humano com a natureza das coisas e o acasalaram, em vez disso, a conceitos vãos e experimentos erráticos: o fruto e a posteridade de tão gloriosa união pode-se facilmente imaginar. A imprensa não passou de uma invenção grosseira; o canhão era uma invenção que já estava praticamente assegurada; a bússola já era, até certo ponto, conhecida. Mas que mudança essas três invenções produziram – uma na ciência, a outra na guerra, a terceira nas finanças, no comércio e na navegação! E foi apenas por acaso, digo eu, que a gente tropeçou e caiu sobre elas. Portanto, a superioridade do homem está no saber, disso não há dúvida. Nele muitas coisas estão guardadas que os reis, com todos os seus tesouros, não podem comprar, sobre as quais sua vontade não impera, das quais seus espias e informantes nenhuma notícia trazem, e que provêm de países que seus navegantes e descobridores não podem alcançar. Hoje, apenas presumimos dominar a natureza, mas, de fato, estamos submetidos à sua necessidade; se contudo nos deixássemos guiar por ela na invenção, nós a comandaríamos na prática.”

Apesar de seu alheamento à matemática, Bacon capturou bem a mentalidade da ciência que se fez depois dele. O casamento feliz entre o entendimento humano e a natureza das coisas que ele tem em mente é patriarcal: o entendimento que vence a superstição deve imperar sobre a natureza desencantada. O saber que é poder não conhece barreira alguma, nem na escravização da criatura, nem na complacência em face dos senhores do mundo. Do mesmo modo que está a serviço de todos os fins da economia burguesa na fábrica e no campo de batalha, assim também está à disposição dos empresários, não importa sua origem. Os reis não controlam a técnica mais diretamente do que os comerciantes: ela é tão democrática quanto o sistema econômico com o qual se desenvolve. A técnica é a essência desse saber, que não visa conceitos e imagens, nem o prazer do discernimento, mas o método, a utilização do trabalho de outros, o capital. As múltiplas coisas que, segundo Bacon, ele ainda encerra nada mais são do que instrumentos: o rádio, que é a imprensa sublimada; o avião de caça, que é uma artilharia mais eficaz; o controle remoto, que é uma bússola mais confiável. O que os homens querem aprender da natureza é como empregá-la para dominar completamente a ela e aos homens. Nada mais importa. Sem a menor consideração consigo mesmo, o esclarecimento eliminou com seu cautério o último resto de sua própria autoconsciência. Só o pensamento que se faz violência a si mesmo é suficientemente duro para destruir os mitos. Diante do atual triunfo da mentalidade factual, até mesmo o credo nominalista de Bacon seria suspeito de metafísica e incorreria no veredicto de vacuidade que proferiu contra a escolástica. Poder e conhecimento são sinônimos. Para Bacon, como para Lutero, o estéril prazer que o conhecimento proporciona não passa de uma espécie de lascívia. O que importa não é aquela satisfação que, para os homens, se chama “verdade”, mas a “operation”, o procedimento eficaz. Pois não é nos “discursos plausíveis, capazes de proporcionar deleite, de inspirar respeito ou de impressionar de uma maneira qualquer, nem em quaisquer argumentos verossímeis, mas em obrar e trabalhar e na descoberta de particularidades antes desconhecidas, para melhor prover e auxiliar a vida”, que reside “o verdadeiro objetivo e função da ciência”. Não deve haver nenhum mistério, mas tampouco o desejo de sua revelação.

Desencantar o mundo é destruir o animismo. Xenófanes zombava da multidão de deuses, porque eram iguais aos homens, que os produziram, em tudo aquilo que é contingente e mau, e a lógica mais recente denuncia as palavras cunhadas pela linguagem como moedas falsas, que será melhor substituir por fichas neutras. O mundo torna-se o caos, e a síntese, a salvação. Nenhuma distinção deve haver entre o animal totêmico, os sonhos do visionário e a Ideia absoluta. No trajeto para a ciência moderna, os homens renunciaram ao sentido e substituíram o conceito pela fórmula, a causa pela regra e pela probabilidade. A causa foi apenas o último conceito filosófico que serviu de padrão para a crítica científica, porque ela era, por assim dizer, dentre todas as ideias antigas, o único conceito que a ela ainda se apresentava, derradeira secularização do princípio criador. A filosofia buscou sempre, desde Bacon, uma definição moderna de substância e qualidade, de ação e paixão, do ser e da existência, mas a ciência já podia passar sem semelhantes categorias. Essas categorias tinham ficado para trás como idola theatri da antiga metafísica e já eram, em sua época, monumentos de entidades e potências de um passado pré-histórico. Para este, a vida e a morte haviam se explicado e entrelaçado nos mitos. As categorias, nas quais a filosofia ocidental determinava sua ordem natural eterna, marcavam os lugares outrora ocupados por Ocnos e Perséfone, Ariadne e Nereu. As cosmologias pré-socráticas fixam o instante da transição. O úmido, o indiviso, o ar, o fogo, aí citados como a matéria primordial da natureza, são apenas sedimentos racionalizados da intuição mítica. Assim como as imagens da geração a partir das águas do rio e da terra se tornaram, entre os gregos, princípios hilozoístas, elementos, assim também toda a luxuriante plurivocidade dos demônios míticos espiritualizou-se na forma pura das entidades ontológicas. Com as Ideias de Platão, finalmente, também os deuses patriarcais do Olimpo foram capturados pelo logos filosófico. O esclarecimento, porém, reconheceu as antigas potências no legado platônico e aristotélico da metafísica e instaurou um processo contra a pretensão de verdade dos universais, acusando-a de superstição. Na autoridade dos conceitos universais ele crê enxergar ainda o medo pelos demônios, cujas imagens eram o meio, de que se serviam os homens, no ritual mágico, para tentar influenciar a natureza. Doravante, a matéria deve ser dominada sem o recurso ilusório a forças soberanas ou imanentes, sem a ilusão de qualidades ocultas. O que não se submete ao critério da calculabilidade e da utilidade torna-se suspeito para o esclarecimento. A partir do momento em que ele pode se desenvolver sem a interferência da coerção externa, nada mais pode segurá-lo. Passa-se então com as suas ideias acerca do direito humano o mesmo que se passou com os universais mais antigos. Cada resistência espiritual que ele encontra serve apenas para aumentar sua força. Isso se deve ao fato de que o esclarecimento ainda se reconhece a si mesmo nos próprios mitos. Quaisquer que sejam os mitos de que possa se valer a resistência, o simples fato de que eles se tornam argumentos por uma tal oposição significa que eles adotam o princípio da racionalidade corrosiva da qual acusam o esclarecimento. O esclarecimento é totalitário.

Para ele, o elemento básico do mito foi sempre o antropomorfismo, a projeção do subjetivo na natureza.2 O sobrenatural, o espírito e os demônios seriam as imagens especulares dos homens que se deixam amedrontar pelo natural. Todas as figuras míticas podem se reduzir, segundo o esclarecimento, ao mesmo denominador, a saber, ao sujeito. A resposta de Édipo ao enigma da esfinge: “É o homem!” é a informação estereotipada invariavelmente repetida pelo esclarecimento, não importa se este se confronta com uma parte de um sentido objetivo, o esboço de uma ordem, o medo de potências maléficas ou a esperança da redenção. De antemão, o esclarecimento só reconhece como ser e acontecer o que se deixa captar pela unidade. Seu ideal é o sistema do qual se pode deduzir toda e cada coisa. Não é nisso que sua versão racionalista se distingue da versão empirista. Embora as diferentes escolas interpretassem de maneira diferente os axiomas, a estrutura da ciência unitária era sempre a mesma. O postulado baconiano da una scientia universalis é, apesar de todo o pluralismo das áreas de pesquisa, tão hostil ao que não pode ser vinculado, quanto a mathesis universalis de Leibniz à descontinuidade. A multiplicidade das figuras se reduz à posição e à ordem, a história ao fato, as coisas à matéria. Ainda de acordo com Bacon, entre os primeiros princípios e os enunciados observacionais deve subsistir uma ligação lógica unívoca, medida por graus de universalidade. De Maistre zomba de Bacon por cultivar “une idole d’échelle”. A lógica formal era a grande escola da unificação. Ela oferecia aos esclarecedores o esquema da calculabilidade do mundo. O equacionamento mitologizante das Ideias com os números nos últimos escritos de Platão exprime o anseio de toda desmitologização: o número tornou-se o cânon do esclarecimento. As mesmas equações dominam a justiça burguesa e a troca mercantil. “Não é a regra: ‘se adicionares o desigual ao igual obterás algo de desigual’(Si inaequalibus aequalia addas, omnia erunt inaequalia) um princípio tanto da justiça quanto da matemática? E não existe uma verdadeira coincidência entre a justiça cumulativa e distributiva por um lado e as proporções geométricas e aritméticas por outro lado?” A sociedade burguesa está dominada pelo equivalente. Ela torna o heterogêneo comparável, reduzindo-o a grandezas abstratas. Para o esclarecimento, aquilo que não se reduz a números e, por fim, ao uno, passa a ser ilusão: o positivismo moderno remete-o para a literatura. “Unidade” continua a ser a divisa, de Parmênides a Russell. O que se continua a exigir insistentemente é a destruição dos deuses e das qualidades.

 – Adorno e Horkheimer.

31 Comentários

  1. Texto muito bem articulado e provocante, pois instiga o leitor a querer perquirir mais sobre o assunto, sobretudo quando ele já nutre uma linha de pensamento que tangencia o tema. Esse foi o meu caso. Parabéns. Tenho por mim que uma boa resenha é aquela que provoca o leitor a uma leitura mais profunda. Decerto, cá está uma.

  2. O livro procura compreender e explicar a estrutura da sociedade moderna, analisando as relações históricas e culturais, criando conceitos a fim de manter união do poder existente, entre elas, relações de pessoas que vivem em comunidade, num grupo social ou mesmo em grupos diferentes, que lutam para viver em harmonia, estabelecendo limites e procurando ampliar o espaço para uma melhor organização.

  3. Em que medida o positivismo, citado pelos autores, contribui para dificultar a crítica à modernidade. Em
    outras resenhas, esta questão não ficou bem clara . Obrigado !

  4. Obrigado meu caro, estou estudando um texto do Conrado Ramos “Tirando a venda dos espertos” e precisei recorrer à dialética do esclarecimento para melhor compreensão!

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