O que é alienação em Marx?

Marx não vê no trabalho uma expressão qualquer da vida. Para Marx, o trabalho tem uma localização especial, até mesmo privilegiada, por ser a exteriorização do ser. Leia abaixo como a alienação surge para o autor!

Índice

Introdução

A discussão acerca de o que é alienação pode ser extensa e caminhar por territórios completamente opostos. Dentre todas as formas de discuti-la, tentarei me focar unicamente no conceito de alienação em Marx nos Manuscritos Econômico-Filosóficos de 1844.

Trabalho e sujeito

Manuscritos econômico-filosóficos.
Manuscritos econômico-filosóficos, de Karl Marx. (Clique aqui e compre o livro!).

Marx não vê no trabalho uma expressão qualquer da vida. Para Marx, o trabalho tem uma localização especial, até mesmo privilegiada, por ser a exteriorização do ser. Por ser a objetificação da essência humana, por ser o processo de colocar pra fora a mais pura humanidade, o esforço material da transformação do mundo e satisfação das necessidades.

Segundo o autor, uma das coisas que nos separa do restante dos animais é a capacidade de modificarmos o ambiente de  acordo com nossos projetos (e modificar nossos projetos de acordo com a realidade material), assim, utilizando/fabricando/produzindo nossas próprias ferramentas de produção.

Construir uma ferramenta de produção não é uma coisa qualquer. Se trata de construir um objeto mediador que ajudará na atividade de manipulação e transformação da natureza. A ferramenta é aquilo que auxilia o processo de transformação da realidade, é quase como uma reação à impossibilidade de realizar um projeto com os objetos que a natureza “crua” fornece.

Isso significa que construir as próprias ferramentas é exercer uma dominação impossível a qualquer outro animal: claro que outros animais também se utilizam de ferramentas, mas, para Marx, não na mesma atividade que a humana. Os outros animais não concebem um projeto, realizam a aplicação deste projeto de modificação da natureza e, após a primeira tentativa, num processo dialético, realizam a modificação do próprio projeto, após verificar se as condições materiais possibilitam ou não a sua feitura.

Para Marx, o papel de determinante social da estrutura econômica não é aleatório, mas é o resultado dela ser a esfera em que sujeitos fazem suas vidas. Tomando como base esta importância fundamental da estrutura econômica e da dinâmica do trabalho enquanto exteriorização da essência ativa de quem trabalha, Marx realiza sua análise daquilo que chama de alienação.

O que é alienação em Marx?

A alienação é um processo de exteriorização de uma essência humana e do não-reconhecimento desta atividade enquanto tal.

No fim do processo de trabalho, o produto feito se transforma em algo estranho, independente do ser que o produziu. Este estranhamento, esta “diferença de natureza” entre produtor e produto pode ser considerado a cereja do bolo para a concepção da alienação.

Pierre Clastres, em seu Sociedade Contra o Estado, já deixa a possibilidade de uma “origem da alienação do trabalho” na criação do Estado e na obrigação de se trabalhar compulsivamente para a satisfação das classes dominantes, não trabalhadoras, que o Estado proporciona o privilégio da dominação.

Marx retrata a alienação 1) em relação ao produto do trabalho, 2) no processo de produção, 3) em relação à existência do indivíduo enquanto membro do gênero humano e 4) em relação aos outros indivíduos.


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1) A alienação em relação ao produto do trabalho. Este é o estranhamento em não se reconhecer num produto que tem dentro de si a essência do trabalhador. É a pobreza gerada ao trabalhador enquanto, ao mesmo tempo, se gera a riqueza do capitalista.

Quando o produto está feito, só resta ao trabalhador exigir um salário no fim do mês. Este tipo de alienação é aquela que o programador passa após terminar uma rotina para um dado sistema administrativo de uma empresa. Após modificar aquele software, realizar transformações para adaptá-lo ao cotidiano da empresa que o adquiriu, ele não pode reivindicar o produto do trabalho como algo dele. A modificação foi um serviço garantido pelo contrato entre empresa contratante e empresa contratada (e entre empregador e empregado).

A alienação do trabalhador em seu objeto é expressa da maneira seguinte, nas leis da Economia Política: quanto mais o trabalhador produz, tanto menos tem para consumir; quanto mais valor ele cria, tanto menos valioso se torna; quanto mais aperfeiçoado o seu produto, tanto mais grosseiro e informe o trabalhador; quanto mais civilizado o produto, tão mais bárbaro o trabalhador; quanto mais poderoso o trabalho, tão mais frágil o trabalhador; quanto mais inteligência revela o trabalho, tanto mais o trabalhador decai em inteligência e se torna um escravo da natureza.[1]

O exemplo clássico é o da linha de produção, em que o trabalhador não se reconhece no produto final e nem mesmo sabe seu destino.

A economia Política oculta a alienação na natureza do trabalho por não examinar a relação direta entre o trabalhador (trabalho) e a produção. Por certo, o trabalho humano produz maravilhas para os ricos, mas produz privação para o trabalhador. Ele produz palácios, porém choupanas é o que toca ao trabalhador. Ele produz beleza, porém para o trabalhador só fealdade. Ele substitui o trabalho humano por maquinas, mas atira alguns dos trabalhadores a um gênero bárbaro de trabalho e converte outros em máquinas. Ele produz inteligência, porém também estupidez e cretinice para os trabalhadores.[2]

O produto final é do empregador e ele deverá realizar sua venda ou qualquer outra coisa, afinal, é seu e só seu – em suma, o produto final não é ontologicamente de ninguém, é um ser independente, um objeto estranho à “natureza” de qualquer indivíduo que trabalhou nele.

2) A alienação no processo de produção. Esta alienação é o que Marx chama de “alienação ativa” ou “atividade de alienação”. É a constatação básica de que se o trabalhador está alienado em relação ao produto de seu trabalho, então é necessário verificar que isto não aconteceu espontaneamente, mas estava presente no próprio processo produtivo.

Como poderia o trabalhador ficar numa relação alienada com o produto de sua atividade se não se alienasse a si mesmo no próprio ato da produção? O produto é, de fato, apenas a síntese da atividade, da produção. Conseqüentemente, se o produto do trabalho é alienação, a própria produção deve ser alienação ativa – a alienação da atividade e a atividade da alienação A alienação do objeto do trabalho simplesmente resume a alienação da própria atividade do trabalho.[3]

É aqui que percebemos que o trabalho é sofrimento e não realização. O trabalho é forçado, se trabalha para sobreviver e nunca se trabalha somente o necessário. Pior ainda é constatar que o guia do trabalho não é a necessidade, mas sim os interesses daqueles que exercem poder sobre os trabalhadores.

Neste estágio, o trabalhador só se satisfaz em suas atividades animais, como comer, dormir, beber e transar, mas é completamente insatisfeito (e até mesmo nega) sua atividade propriamente humana. O trabalho próprio é estranho ao indivíduo, que só trabalha por coerção, só trabalha para alguém/por alguém. O trabalho assim exteriorizado é um trabalho de mortificação, de sacrifício.

Chegamos a conclusão de que o homem (o trabalhador) só se sente livremente ativo em suas funções animais – comer, beber e procriar, ou no máximo também em sua residência e no seu próprio embelezamento – enquanto que em suas funções humanas se reduz a um animal. O animal se torna humano e o humano se torna animal.[4]

O cotidiano é uma prova desta alienação, já que o trabalho é sempre considerado como o fardo para a sobrevivência. Uma tentativa de fazer do trabalho algo bom é constantemente praticada: tentam colocar palestras motivacionais, um ambiente saudável, incentivam que os indivíduos sigam sua “vocação” e etc e etc, entretanto, mesmo para aqueles que “amam” seu trabalho, ele ainda é feito sob a perspectiva meramente econômica do capitalismo.

Se trata de uma perspectiva mortificante, pois gostar do trabalho é um acidente feliz, não uma propriedade do trabalho. É necessário realizar uma atividade determinada que seja de seu prazer, mas a atividade em si (e genérica) não causa prazer nenhum. Então se procura um emprego bom para compensar a merda que é ter que trabalhar.

3) Alienação do sujeito enquanto pertencente ao gênero humano. Aqui, Marx salta para a própria característica do humano enquanto ser genérico. Enquanto animal multifacetado com inúmeras potencialidades e capacidades. Quando está separado de sua essência, de sua ligação com a comunidade, de seu trabalho, ele se individualiza. Não é mais membro de sua espécie, é só um indivíduo solitário.

O trabalho enquanto fator individualizante não é criticado unicamente por, em sua configuração atual, ser um impulsionador da individualização, mas sim por fazer dessa individualização uma transformação do sujeito multifacetado em um sujeito unilateral e único. O trabalhador só vale sua vida enquanto trabalhador, não enquanto humano e não é nunca parte de um gênero, de uma espécie, mas é Um, único, específico, não detém a humanidade (uma ligação abstrata entre aqueles do mesmo gênero), só detém sua individualidade.

É justamente em seu trabalho exercido no mundo objetivo que o homem realmente se comprova como um ente-espécie. Essa produção é sua vida ativa como espécie; graças a ela, a natureza aparece como trabalho e realidade dele. O objetivo do trabalho, portanto, é a objetificação da vida como espécie do homem, pois ele não mais se reproduz a si mesmo apenas intelectualmente, como na consciência, mas ativamente e em sentido real, e vê seu próprio reflexo em um mundo por ele construído. Por conseguinte, enquanto o trabalho alienado afasta o objetivo da produção do homem, também afasta sua vida como espécie, sua objetividade real como ente-espécie, e muda a superioridade sobre os animais em uma inferioridade, na medida em que seu corpo inorgânico, a natureza, é afastado dele.[5]

É necessário cuidar da existência do trabalhador que, por sua vez, precisa cuidar de sua própria existência. Se ele não é parte do produto feito e se o produto feito não é uma necessidade da comunidade local ou da sociedade, então por que se preocupar com isso? De fato não faz sentido. A única preocupação estrutural é a da própria sobrevivência e ela só acontece com a diminuição do sujeito em um trabalhador.

Uma das provas de como este tipo de alienação está enraizado nas atividades de nossa sociedade é o aumento significativo da legitimidade da nova ideologia hedonista e consumista pós-moderna. Segundo as coordenadas culturais desta ideologia, cada indivíduo precisa estar apto e livre para buscar sua felicidade individual, que é reconhecida como o fim último e sentido da vida.

Este último parágrafo é um gancho para a quarta forma de alienação.

4) Alienação em relação aos outros homens (sic). Se trata da consequência óbvia da individualização e unilateralização da vida.

Toda auto-alienação do homem, de si mesmo e da natureza, aparece na relação que ele postula entre os outros homens, ele próprio e a natureza. Assim a auto-alienação religiosa é necessariamente exemplificada na relação entre leigos e sacerdotes, ou, já que aqui se trata de uma questão do mundo espiritual, entre leigos e um mediador. No mundo real da prática, essa auto-alienação só pode ser expressa na relação real, prática, do homem com seus semelhantes.[6]

Quando não se reconhece em seu aspecto mais fundamental, que é o trabalho, e quando ele não é reconhecido como parte essencial da vida humana e do ser humano enquanto gênero/espécie, então não só a própria vida é uma objetificação nociva, mas toda e qualquer vida já não tem seu significado.

Ser alienado enquanto parte da espécie humana, como discutido no terceiro tópico, implica em se alienar também dos outros. Este tipo de alienação possibilita a utilização de um exemplo prática específico: é neste momento em que um pessoa sem casa que perambula pelas ruas considerado como um ninguém ou um pobre coitado. É, também, esta forma de alienação que permite avaliar outros de nossa espécie como recursos humanos e, assim, instrumentalizar a vida.

Teoria da alienação

A teoria da alienação explica o vazio do sujeito alienado, a descaracterização da própria humanidade, da essência do sujeito. A sujeito se vê como acidente, não como determinante da realidade social.

Sujeito alienado é aquele que não consegue perceber a possibilidade de uma mudança. O sujeito que não se reconhece no produto de seu trabalho, que não se satisfaz na sua atividade de trabalho, que não se reconhece enquanto membro de um gênero e que não reconhece a alteridade. É um sujeito impotente. É a reprodução perfeita das estruturas vigentes em uma sociedade pautada pelo trabalho e em que a estrutura econômica assume papel determinante.

Este sujeito destituído de tudo que lhe é próprio não está apto para assumir a responsabilidade de guiar a sociedade junto a seus iguais.

A alienação, antes de ser uma algo do capitalismo, é aquilo que existe como pressuposto da propriedade privada. Melhor, o nascimento da propriedade privada como algo separado do sujeito que a produz existe juntamente com a alienação do trabalho.

Afinal, o rei só é rei por houver súditos. É necessário reconhecer que o produto de seu trabalho não é seu para interpretá-lo como uma propriedade de outro, como algo independente. Isso não é possível em sociedades em que o trabalho existe como satisfação das necessidades da comunidade e não como fim último da vida humana ou como expiação dos crimes de Adão e Eva.

Somente com o reconhecimento da separação do produto do trabalho e do trabalhador que a propriedade privada pode assumir a forma que experimentamos atualmente.


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Referências

[1] MARX, Karl. Trabalho Alienado IN Manuscritos Econômico-Filosóficos. Disponível aqui. Acesso em 07 de novembro de 2023.

[2] MARX, Karl. Trabalho Alienado…

[3] MARX, Karl. Trabalho Alienado…

[4] MARX, Karl. Trabalho Alienado…

[5] MARX, Karl. Trabalho Alienado…

[6] MARX, Karl. Trabalho Alienado…

Anexo

MARX, Karl. A Relação da Propriedade Privada IN Manuscritos Econômico-Filosóficos. Disponível aqui. Acesso em 07 de novembro de 2023.

O trabalhador é a manifestação subjetiva do fato de o capital ser o homem inteiramente perdido para si mesmo, assim como o capital é a manifestação objetiva do fato de o trabalho ser o homem perdido para si mesmo. Contudo, o trabalhador tem o infortúnio de ser um capital vivo, um capital com necessidades, que se deixa privar de seus interesses e, conseqüentemente, seu ganha-pão, todo momento em que não se acha trabalhando. Como capital, o valor do trabalhador varia conforme a oferta e a procura, e sua existência física, sua vida, foi e é considerada um estoque de mercadoria, similar a qualquer outra. O trabalhador produz capital e o capital produz o trabalhador. Assim, ele se produz a si mesmo, e o homem como trabalhador, como utilidade, é o produto de todo esse processo. O homem é simplesmente um trabalhador, e como tal suas qualidades humanas só existem em proveito do capital que lhe é estranho. Como trabalho e capital são estranhos um ao Outro, e por isso relacionados unicamente de maneira acidental e exterior, esse caráter de alienação tem de aparecer na realidade. Logo que ocorre ao capital — seja forçada seja voluntariamente — não existir mais para o trabalhador, ele não mais existe para si mesmo: ele não tem trabalho, nem salários, e como existe exclusivamente como trabalhador e não como ser humano, pode perfeitamente deixar-se enterrar, morrer a míngua, etc, O trabalhador só é trabalhador quando existe como capital para si próprio, e só existe como capital quando há capital para ele. A existência do capital é a existência dele, sua vida, visto determinar o conteúdo de sua vida independentemente dele. A Economia Política, pois, não reconhece o trabalhador desocupado, o homem capaz de trabalhar, uma vez colocado fora dessa relação de trabalho. Vigaristas, ladrões, mendigos, os desempregados, o trabalhador faminto, indigente e criminoso, são figuras não existentes para a Economia Política, mas apenas para os olhos de outros: médicos, juízes, coveiros, burocratas, etc. Eles são figuras fantasmagóricas fora do domínio da Economia. As necessidades do trabalhador, portanto, reduzem-se à necessidade de mantê-lo durante o trabalho, de molde a não se extinguir a raça de trabalhadores. Conseqüentemente, os salários têm exatamente o mesmo significado da manutenção de qualquer outro instrumento de produção e do consumo de capital em geral, de modo a que este possa reproduzir-se a si mesmo com juros. Ë como o óleo aplicado a uma roda para conservá-la rodando. Os salários, portanto, formam parte dos custos necessários do capital e do capitalista, e não devem exceder ao montante assim necessário. Por isso, era assaz lógico para os donos de fábricas ingleses, antes da Emenda de 1834, deduzir dos salários as esmolas públicas recebidas pelos trabalhadores através das taxas estabelecidas pela lei de assistência aos pobres, tratando-as como parte integrante dos respectivos salários.

A produção não apenas produz o homem como uma utilidade, a utilidade humana, o homem sob a forma de mercadoria; de acordo com essa situação, produz o homem como um ser mental e fisicamente desumanizado. — Imoralidade, aborto, escravidão de trabalhadores e capitalistas. — Seu produto é a mercadoria com consciência própria e capacidade grande passo dado à frente por Ricardo, Mill, etc., em contraposição a Smith e Say, declarar a existência de seres humanos — a maior ou menor produtividade humana da mercadoria —como indiferente, ou deveras nociva. O verdadeiro objetivo da produção não é o número de trabalhadores sustentados por determinado capital, porém o volume de juros que ele adquire, a poupança total anual. Foi, analogamente, um grande avanço lógico da recente economia política inglesa (XLI) que, embora estabelecendo o trabalho como seu princípio exclusivo, distinguisse claramente a relação inversa entre salários e juros do capital e observasse que, via de regra, o capitalista só poderia aumentar os ganhos pelo rebaixamento dos salários e vice-versa. A relação normal é considerada como sendo não a burla do consumidor, mas a trapaça mútua de capitalista e trabalhador. A relação da propriedade privada inclui em seu íntimo, em estado latente, a relação da propriedade privada como trabalho, a relação da propriedade privada como capital, e a influência recíproca de ambos. Por um lado, é a produção da atividade humana como trabalho, isto é, uma atividade alheia a si mesma, ao homem e à natureza, e portanto alheia à consciência e à realização da vida humana; a existência abstrata do homem como um mero trabalhador que, por conseguinte, diariamente salta de sua nulidade realizada para a nulidade absoluta, para a não-existência social, e por isso real. Por outro lado, há a produção de objetos do trabalho humano sob a forma de capital, onde toda característica natural e social do objeto é dissolvida, onde a propriedade privada perdeu sua qualidade natural e social (e, portanto, perdeu totalmente seu disfarce político e social e não mais se afigura vinculada às relações humanas), e onde o mesmo capital permanece o mesmo nas mais diversas circunstâncias naturais e sociais, sem relevância para o conteúdo real dele. Esta contradição, em seu auge, é forçosamente o apogeu e o declínio da relação inteira.

40 Comentários

  1. Na epoca de Marx, o trabalhador era tratado como lixo pela grande industria. Trabalhavam 16 horas por dia em troca de migalha que em ocasioes se quer garantia a sobrevivencia. Tanto fonte de direita quanto esquerda revelam isso. Marx apenas era revoltado com o obvio. No dentanto quem nao reconhece tal fato e nao tem capacidade de entender 1 terco das obras de Marx . Preferem taxalo como um vagabundo invejoso. A final, para uma mente alienada eh mais facil rotular do que entender o obvio.

  2. Na sociedade contemporânea a alienação aliada ao fetichismo leva ao consumo exacerbado, em um sistema de retro alimentação. E a base que sustenta todo esse processo é a estratégia capitalista chamada obsolescência programada.

  3. O capitalismo conseguiu distorcer até os nossos sonhos. Corrompeu até aqueles q leram e e se inspiraram em Marx. Entra a questão moral tb, mto crítica aqui no Brasil. Valeu! Força na luta!

  4. O Alienação no produto do trabalho se da pela acumulação do capital, enquanto a alienação do processo produtivo se da pela divisão do trabalho, e as duas juntas tem o objetivo de tirar a capacidade do proletário saber qual o real valor da sua mão de obra…

  5. Muito bom. Didático sem ser superficial. Muito bom mesmo! Eu paguei um alto preço por sair de um banco para estudar e trabalhar em outra coisa. Mas já estava ficando insuportável último emprego. Não me reconhecia naquilo. Também pago o preço agora por não está naquele emprego em que era mais reconhecido. O velho status. Como você disse: somos reconhecidos pelo tipo de trabalho e não por sermos humanos. Não é a toa que a depressão e a solidão vem crescendo numa sociedade líquida, como disse Zygmunt Bauman, que tem influência em Marx.
    Abraço!

  6. Achei muito bom o texto! Me ajudou a compreender melhor as ideias de Marx (e assim tirar uma nota melhor em Filosofia kkk). Mas acho que essa reflexão sobre a alienação é uma coisa válida para avaliar o nosso próprio modo de vida hoje em dia. Muito interessante!

  7. Parabéns pelo texto! Curto mas muito objetivo. Nos ajuda a entender e a esclarecer algumas questões referentes a esta teoria de Marx.

    Queria aproveitar o gancho e te fazer uma pergunta. Estou com um trabalho na faculdade sobre Marx e preciso, neste trabalho, responder as seguintes perguntas: “Como superar a alienação, segundo a teoria de Marx?” e “quando e como o dinheiro se torna capital”.
    Eu estou com dificuldade para responder essas duas questões. Estou lendo diversos artigos e ainda não consegui elaborr uma resposta. De antemão agradeço.

  8. Estou lendo vários escritos para estudar o tópico, inclusive em inglês, em realidade, principalmente em inglês, pois normalmente os textos nacionais carecem de aprofundamento e boa escrita.. Enfim, esse rodeio todo é apenas pare expressar que seu texto é muito bom, foi um dos poucos que me deram vários insights em relação ao tópico, muito grato.

  9. Parabéns!
    Retomei leitura de Marx e foda relembrar pq gostei tanto. Alienação é usado em tantas ciências (e na literatura) e é algo tão universal que toca na sensibilidade e no racional.

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