Livro da Semana: A Queda – Albert Camus

Em A Queda, obra que resultou em um Nobel de Literatura em 1957, Camus nos introduz a um monólogo disfarçado de diálogo que enuncia um mundo sem referências, uma descrença em relação a seus contemporâneos e aos homens em geral, à linguagem e ao estilo e aos valores pressupostos no emprego e na família

A Vontade e a crítica às utopias – Emil Cioran

Para Emil Cioran, a angústia surge da consciência do que significa “querer” e da dupla impossibilidade tanto de afirmar como de negar a vontade. As utopias, por sua vez, são a expressão por excelência do caráter da vontade, sendo elas uma instância última da história que se pretende, sem perspectiva de êxito, alcançar.

A figura de Sócrates em “O nascimento da tragédia”, de Nietzsche

A cultura apolínea, evidente no mundo grego especialmente a partir do momento em que, ao mesmo tempo em que a tragédia passa a ser criticada e racionalizada e perde sua característica primordial, surge a figura de Sócrates e a busca da Verdade em detrimento das aparências, é, em realidade, um véu que oculta a magnificência e importância vital do mundo dionisíaco.

A crítica à tradição filosófica: o pensamento orgânico de Cioran

Em sua obra, o pensador franco-romeno Emil Cioran, que leu os moralistas franceses, filósofos alemães como Hegel, Kant, Nietzsche, Schopenhauer, entre muitos outros, escreve, em seu tom sempre lírico, sobre a inanidade da filosofia. Em última instância, o exercício filosófico seria ineficaz em seu objetivo, qual seja: o de elucidar e conhecer, de modo a fazer cessar a aflição que há frente ao desconhecido.

O fanatismo: ideias transformadas em deuses

“Breviário de decomposição”, primeira obra em francês do filósofo romeno publicada em 1949, inicia-se com os ensaios “Genealogia do fanatismo” e “O antiprofeta”, nos quais Cioran denuncia uma necessidade de ficção inerente ao homem e que alcança todos os âmbitos de sua vida, para além do religioso, assim como a necessidade do homem de tornar-se fonte de acontecimentos.