Os problemas da “desconstrução cotidiana” nas lutas contra opressões

Desconstruir-se a si mesmo é uma noção completamente falha da dinâmica sociedade x indivíduo. Veja porque é necessário uma adaptação, uma reconstrução e como não é possível abdicar do conceito de força, de poder, para falar sobre nós mesmos.

É comum ler e ouvir que é para aqueles que pertencem a grupos opressores passarem por desconstrução cotidiana para conseguirem se livrar das práticas opressoras que os constituem. Essa desconstrução seria pra sempre, seria algo ininterrupto, situado dentro da própria prática da militância (seja essa militância qual for) e teria como resultado um sujeito mais empático aos grupos oprimidos e menos reprodutor do machismo, especismo, racismo e etc que fazem parte da nossa sociedade.

Desconstruir-se cotidianamente seria imperativo. Mas aí eu pergunto, desconstruir-se para chegar aonde?

A pergunta é sincera, já que a desconstrução, conforme operada pelos desconstrucionistas oficiais e não oficiais (como Nietzsche, enquanto pai do procedimento da desconstrução com sua genealogia, Heidegger, Foucault e, óbvio, Derrida) não é um método para se chegar em uma verdade pronta: não é um jeito de cavocar a superfície e chegar no núcleo, pelo contrário, é o jeito de descobrir que não há núcleo nenhum.

O objetivo da desconstrução é evidenciar o vazio das coisas. Assim, demonstrar que a estabilidade dos conceitos, a legitimidade das instituições e as verdades das ciências, são resultados de relações de poder, de lutas, de um processo histórico não necessariamente linear e muito menos progressivo e constante, mas de um processo de incorporações, exclusões, vitórias e derrotas de diferentes saberes e de diferentes grupos sociais.

A “desconstrução de privilégios” (que significa uma desconstrução de si, pessoal, dos privilégios que estão marcados no corpo do privilegiado) não faria um homem branco perceber que é privilegiado na sociedade e que precisa descer do pedestal para militar em causas que não são suas: ela o faria perceber que não há um ponto de referencia e que nem mesmo as causas que ele deveria lutar (pois são ditas justas e igualitárias) são válidas. O que eu quero dizer é que essa desconstrução de si mesmo que contribuiria para uma igualdade dentro dos espaços de militância é ontologicamente falsa, já que não há um núcleo adaptado e alinhado com a militância esperando para emergir após a desconstrução.

Desconstruir a si próprio também é epistemologicamente errado: eu não posso olhar para fora da janela e ver dentro do meu quarto. Isso é simples: se eu sou formado pelas coisas que me são externas, como eu vou poder olhar para dentro de mim e me transformar individualmente? Quais ferramentas eu, que preciso ser desconstruído, teria para me desconstruir? Se eu preciso ser desconstruído, não é comigo mesmo que eu vou me desconstruir.

Como eu vou conseguir me olhar como um objeto para me analisar se, a priori, o meu olhar está delimitado pela minha classe, identidade de gênero, raça e etc?

A coisa vai além quando nós pensamos que, se somos sujeitos sociais e somos constituídos por aquilo que nos é externo, como iremos olhar para dentro e realizar uma desconstrução eficiente se a nossa vontade é uma vontade fabricada? Onde está a legitimidade do sujeito que se desconstrói se a sua desconstrução é o resultado da própria construção social que o fez opressor?

No entanto, apesar de não existir (como demonstrado acima) essa desconstrução de si, ainda existe uma saída. A pessoa que está se policiando para não utilizar palavras machistas está se desconstruindo? Não, ela está se adaptando, se modelando e se construindo (positivamente, portanto) sob as regras de outro discurso.

O caminho menos suave

Dizer que alguém precisa passar por uma desconstrução de si é um jeito de não mostrar a face do poder que existe por trás desta noção: não se trata de eu me desconstruir (e, portanto, de eu dever ter vontade de me desconstruir, como se eu fosse senhor da minha vontade e livre para fazer o que eu quiser), mas sim de eu ocupar posições diferentes dentro do discurso e me adequar a um novo tipo de jogo de linguagem – ou melhor, se trata de estar sujeito a novas relações de poder.

O que isso quer dizer? 1) que essa tal de desconstrução de si é, na verdade, uma destruição das ferramentas de socialização incorporadas durante a vida da pessoa e a construção de novas ferramentas, à base de ferro e fogo. Por que a base de ferro e fogo? Porque este processo não é consciente e individual. Ele envolve uma adequação ao novo espaço social, não uma desconstrução de algo que está dentro de si.

2) Esta adequação nunca será consciente. Ela pode até operar superficialmente de maneira consciente, mas enquanto for consciente, adequação não estará feita. É claro que é impossível simplesmente deixar de ofender alguém evitando algumas palavras, já que a significação das coisas não está em uma tábua de significados canônicos que a história seria responsável por dar aos significantes, mas sim está no próprio sistema simbólico e em sua prática ordinária, no presente, no aqui e agora – não é passível de apreensão consciente e iluminada.

O sujeito que passar por este processo (nunca consciente, nunca proposital e nunca livre) será destruído e reconstruído. Ele não conseguirá ocupar mais a posição de dominante no discurso (em teoria) e não se relacionará com o mundo da mesma forma.

No meio de tudo isso está o conceito de força. Exerce-se força para se destruir e reconstruir. É só a força que consegue ser uma positividade no meio do poço de negatividade da desconstrução de si mesmo. É necessário, portanto, não esquecer de que nós precisamos exercer poder, nós precisamos de força. Não somos paladinos da bondade, somos militantes que lutam com a vida. Não estamos protegido pela tela de nossos computadores, estamos correndo risco na rua todos os dias. Nós precisamos entender que a força está aí e é com ela que nós precisamos lidar.

Desta forma, devemos abraçar a luta com a coragem de exercer poder, não de desconstruir coisas por aí.

A positividade da militância

A positividade da militância está na construção. Construção não só de articulações, de grupos ou de “consciência”, mas da construção de corpos: este corpos, por sua vez, seriam corpos da resistência, não dá hegemonia. Este novos sujeitos, construído para estratégias de resistência, de combate e de guerra contra os opressores, são aqueles que podem lidar institucionalmente e não institucionalmente com as opressões: que podem entender o lado do oprimido não só porque nasceu assim ou assado, mas porque é constituído por relações de poder e faz parte de jogos de linguagem que o colocam como alguém diferente.

Este novo sujeito não é um sujeito inédito: ele é o militante comum, “desconstruído”. Mas quando mudamos o método, mudamos o objeto: ele não é um sujeito desconstruído, que está livre das amarras do capitalismo, do racismo, do machismo e etc, ele é um sujeito construído, com uma nova maneira de sentir, agir e pensar.

Esta atuação que lida com o poder e não com a desconstrução é uma atuação que não tem vergonha de se justificar pelos seus próprios meios e pela sua própria vontade, é, desta forma, a militância da positividade. A reconstrução dos sujeitos militantes acontece com o tempo, com diversos erros e diversos caminhos difíceis de serem trilhados: acontece com o reaprendizado, com novas experiências em novos espaços sociais, com novas maneiras de se relacionar (e essas maneiras são sempre impostas de fora – é o peso do martelo dessas novas maneiras de se relacionar que vai reconstruir o militante).

É com base no sentido da construção que devemos lidar. Nunca negando o poder, mas entendendo que é necessário ter estratégias e lidar com ele para conseguir algum avanço. A liberdade é um nome bonito, mas a disciplina (quando lida como insistência na luta) é o que de fato vale.

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9 Comentários

  1. Olá, gostei muito do seu texto , comecei a lhe lê e já estou no 3 texto ininterruptamente, parabéns você tem uma escrita bem legal. Contudo venho me posicionar em relação a sua afirmação sobre o movimento de desconstrução, pois penso que independente de concordar com VC em relação ao sentido que a “desconstrução” carrega atualmente , a ideia de desconstrução enquanto instrumento ontológico que leva a um aprofundamento de sua vivência de existência por lhe propprcinar um exercício de soltura existência é muito válida sim e existe , não só porque vários filósofos e intelectual se utilizaram e se utilizam dela para chegar no limite do exercício de soltura existência, como bem você citou Nietzsche e Heidegger, como muitos outros que fizeram usa da reflexão filosófica profunda como instrumento de conquista de si mesmo. Falo tais apontamentos, pois se estou certa sobre você era procurar se aprofundar na filosofia da existência para entender melhor o que estou falando , lhe recomendo em especial um livro de Husserl sobre a história do existencialismo muito bom, que acho q vai gosta de ler e pode lhe ajudar a entender esse exercício de tornar-se mais todo de si a medida que vai descobrindo seus limites e determinações . Do mais , penso que chegou a esse erro , no meu ver , por ter encontrado um acerto : uma das características de nossa era é transmutar as coisas, isso é não transformamos as coisas de verdade, mas apenas superficialmente lhe damos uma outra rolpagem que esteja mais conivente com o processo de higienização do ser humano , e isso muito tem a ver com a indústria cultural e com as novas características que o modo de produção neocapitalista impõem aos cpnsumidores- produtores .Existe um movimento de velamento do que é negativo de nossa sociedade, quase que uma teoria do esquizo de Deleze, contudo essa esquizofrenia coletiva é gerado por uma ditatura do modo de ser hipercamuflada, como se vivercemos a era mais livre do mundo, mas essa liberdade não passa de ilusão, ao contrário estamos sendo absurdamente castrados, até por nós mesmo por já termos introjetados grande parte desse processo de castracao. Em fim… Continuarei lhe lendo e mais uma vez parabéns !

  2. Olá Valter, eu queria destacar alguns pontos e responder sinceramente suas perguntas.

    Voce disse que a desconstrução, como sugeria pelas lutas sociais “teria como resultado um sujeito mais empático aos grupos oprimidos e menos reprodutor do machismo, especismo, racismo e etc que fazem parte da nossa sociedade”
    -> Porém, na minha opinião, a desconstrução teria como resultado simplesmente uma pessoa mais humana.

    Você perguntou: “desconstruir-se para chegar aonde?”
    ->Eu respondo: desconstruir-se para sair de si e chegar a uma visão mais global.

    Você afirma que “A “desconstrução de privilégios” (que significa uma desconstrução de si, pessoal, dos privilégios que estão marcados no corpo do privilegiado) não faria um homem branco perceber que é privilegiado na sociedade e que precisa descer do pedestal para militar em causas que não são suas: ela o faria perceber que não há um ponto de referencia e que nem mesmo as causas que ele deveria lutar”
    -> Mas que eu saiba, a “desconstrução cotidiana” torna possível observar o problema sob outros pontos de vista além do seu pessoal. A ideia é que você perceba que não há SÓ UM ponto de referência, mas vários, e que todos precisam ser levados a sério, não só o ponto de vista, mas vários, só que, por ALGUM MOTIVO você passou boa parte da vida só tendo acesso e legitimando um ponto de vista (o hegemonico), até que de repente você descobre que há muito mais semelhanças entre a ditadura e a democracia que sua vã cidadania possa imaginar!

    Aí você argumenta que “O que eu quero dizer é que essa desconstrução de si mesmo que contribuiria para uma igualdade dentro dos espaços de militância é ontologicamente falsa, já que não há um núcleo adaptado e alinhado com a militância esperando para emergir após a desconstrução”.
    ->Mas acredite: xs oprimidxs NÃO PRECISAM da militância dxs opressorxs. A desconstrução levada a sério te possibilita sair do papel de opressor.

    Você pergunta “como eu vou poder olhar para dentro de mim e me transformar individualmente?”
    -> e eu respondo: é muito simples. basta OUVIR opinião das demais pessoas independente de seus currículos ou linguajares, mas tentar entendê-las profundamente, tentar se botar no lugar delas, compreendê-las, levando-as a sério, sem querer dizer pra elas como elas deveriam lidar com opressões que não te atingem, considere xs negrxs autoridades no assunto negritude, as mulheres autoridade no assunto feminismo e assim sucessivamente, afinal, como falar do que não se vive?! Pois é isso que vivemos, durante muito tempo toda a literatura sobre mulheres foi escrita por homens, toda literatura sobre negros por brancos, o que esperar disso? Suposições na melhor das hipóteses.

    “Quais ferramentas eu, que preciso ser desconstruído, teria para me desconstruir? Se eu preciso ser desconstruído, não é comigo mesmo que eu vou me desconstruir”.
    -> Acho que é possível sim se auto-desconstruir com ajuda de outras pessoas, buscando ouví-las como já disse, antes que as insituições que te privilegiam sejam destruídas contigo dentro.

    “Como eu vou conseguir me olhar como um objeto para me analisar se, a priori, o meu olhar está delimitado pela minha classe, identidade de gênero, raça e etc?”
    -> Já disse, basta ouvir as pessoas! se botar no lugar delas, ter empatia!!! é isso que falta nxs privilegiadxs: reconhecer o discurso DX OUTRX como tão legítimo e verdadeiro quanto o seu próprio. se forem antagonicos, busque uma síntese e tcharam! tá feita a dialética.

    “como iremos olhar para dentro e realizar uma desconstrução eficiente se a nossa vontade é uma vontade fabricada? ”
    -> Exercícios de teatro do oprimidxs ajudam, auto-análise, catarses, meditações profundas, há muitos métodos de auto-conhecimento.

    “Onde está a legitimidade do sujeito que se desconstrói se a sua desconstrução é o resultado da própria construção social que o fez opressor?”
    -> a legitimidade está na autonomia, um dos princípios básicos do pensamento libertário.

    “A pessoa que está se policiando para não utilizar palavras machistas está se desconstruindo? Não, ela está se adaptando, se modelando e se construindo (positivamente, portanto) sob as regras de outro discurso”.
    -> Aqui nós concordamos, um novo discurso, só que muito mais humano e respeitoso.

    “se trata de estar sujeito a novas relações de poder”
    -> Sim, relações mais igualitárias, menos machistas racistas heteronormativas e eurocêntricas.

    “essa tal de desconstrução de si é, na verdade, uma destruição das ferramentas de socialização incorporadas durante a vida da pessoa e a construção de novas ferramentas, à base de ferro e fogo”
    -> Onde estão o ferro e o fogo dos movimentos sociais que eu queria saber? Que eu saiba a base de ferro e fogo foi construído o patriarcado, a escravidão, o catolicismo na américa e o próprio Estado Brasileiro. As desconstruções por outro lado estão sendo feitas a base de diálogos, passeatas, manifestações artístiticas e etc. Onde está o ferro e o fogo? Acho que é um hipérbole, né?! No mínimo, um tremendo exagero.

    “É claro que é impossível simplesmente deixar de ofender alguém evitando algumas palavras”
    -> Acredito que para deixar de ofender alguém você só precisa considerar essa pessoa como tão importante como todas as outras de forma igual. Só isso. O resto é mesmo besteira. E não duvide, sair da posição de superior e dominante pode ser incomodo e amedrontador no início, mas depois torna-se libertador! Afinal, você não é melhor que ninguém, mas também não é pior. No fundo, no fundo, nenhumx opressorx queria ser opressorx Sim, a desconstrução é uma força dxs oprimidxs contra a lógica opressora instalada dentro de nós mesmxs.

    -> Essa parte aqui me deixou confusa:
    “A positividade da militância está na construção. Construção não só de articulações, de grupos ou de “consciência”, mas da construção de corpos: este corpos, por sua vez, seriam corpos da resistência, não dá hegemonia. Este novos sujeitos, construído para estratégias de resistência, de combate e de guerra contra os opressores, são aqueles que podem lidar institucionalmente e não institucionalmente com as opressões: que podem entender o lado do oprimido não só porque nasceu assim ou assado, mas porque é constituído por relações de poder e faz parte de jogos de linguagem que o colocam como alguém diferente”.
    -> Por que não entendi que jogos de linguagem são esses e que alguém diferente é esse. Mas sim, após a desconstrução (ou durante porque é um processo contínuo), a gente se reconstrói como parte de algo maior, uma identidade coletiva, um corpo de resistência! adorei sua metáfora, acho que descreve bem. Entre as relações de poder operante estão as relações de gÊnero, raça e classe, por isso a desconstrução se faz necessária.

    ” ele não é um sujeito desconstruído, que está livre das amarras do capitalismo, do racismo, do machismo e etc, ele é um sujeito construído, com uma nova maneira de sentir, agir e pensar”.
    -> Vamos deixar as coisas bem negras: só podemos nos libertar das amarras do capital coletivamente, do contrário só estaremos nos utilizando de nossos privilégios pessoais para ter uma liberdade comprada as custas da desgraça alheia.

    “a militância da positividade”
    -> como positivar o negativo sem outro negativo?

    “A reconstrução dos sujeitos militantes acontece com o tempo, com diversos erros e diversos caminhos difíceis de serem trilhados: acontece com o reaprendizado, com novas experiências em novos espaços sociais, com novas maneiras de se relacionar (e essas maneiras são sempre impostas de fora – é o peso do martelo dessas novas maneiras de se relacionar que vai reconstruir o militante)”
    -> Mas não só. É necessário também uma força interna, do contrário você vai acabar simplesmente se afastando dos lugares incomodos (onde você não tem privilégios) e se acomodando em instituições que te acolham (privilegiando-o!). Por isso, é necessário essa desconstrução cotidiana auto-infligida, para não sermos massa de manobra temos que cultivar valores além do bem estar pessoal. Chama-se força porque dói um pouco, né?

    “É com base no sentido da construção que devemos lidar. Nunca negando o poder, mas entendendo que é necessário ter estratégias e lidar com ele para conseguir algum avanço”
    -> Uma das estratégias é a própria desconstrução, afinal, como construir em cima de uma construção? destruir é uma opção, desconstruir é outra, menos drástica.

    “A liberdade é um nome bonito, mas a disciplina (quando lida como insistência na luta) é o que de fato vale”.
    -> É isso mesmo!!

  3. Desconstruir-se para chegar onde? Simples. Para chegar em uma sociedade epistemologicamente que não contenha apenas a ideologia cultural eurocêntrica, Como se desconstruir? Simples. Buscando o conhecimento (hoje muito fácil devido ao mundo digital globalizado) da ciência, da filosofia, enfim, da cultura de um modo geral da África, Ásia, Ámérica, por exemplo. A militância é parte fundamental desse processo. Desconstruir-se não é impossível para os oprimidos, é necesário e esse processo está em andamento basta olhar para o mundo atual, onde cada vez mais grupos historicamente oprimidos se forma e lutam por igualdade (sua tese é equivocada). É óbvio que o homem branco não tem a mínima noção do que é desconstrução, pois o mundo foi moldado a sua imagem e semelhança desde o início. Isso me remete a um filme de Spike Lee…vou fazer aqui uma metáfora “Homens brancos não sabem enterrar”…creio que respondi algumas questões de seu texto que não concordo. Mas agradeço pela reflexão de um tema complexo e polêmico. Abraço.

  4. Ótimo texto, Valter.

    Eu o li faz um tempo, mas marquei para reler e entender melhor.

    Acompanhando aqui os comentários logo abaixo, lembrei que, por conta de uma dúvida que expus publicamente, aprendi uma coisa meio chata: sempre que você externa uma dúvida inteligente, corre o risco de receber mil respostas banais em troca.

    A dúvida desestabiliza as pessoas e, na pressa de se recompor, elas dizem qualquer coisa para destruir a fonte de incômodo, ao menos, foi um pouco o que senti com as objeções que te dirigiram. Com um pouco mais de atenção dos críticos, todas poderiam ser desfeitas.

    Um abraço

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