O discurso – Pierre Bourdieu

O discurso é a materialização de uma verdade latente que está presente na própria condição social de sua existência: o emissor legítimo, o receptor legítimo, a situação legítima e a linguagem legítima são elementos de compressão e expansão da verdade na fala do agente social, que comprime toda a verdade da doxa e a expande na reprodução via produção verbal.

Nomos – Pierre Bourdieu

O nomos, manifestado como lei geral de um campo específico, é “irredutível e incomensurável a qualquer outra, ela nunca poder ser referida à lei de um outro campo ou ao regime de verdade aí implicado”, é o princípio geral de distinção entre os campos e a manutenção de sua autonomia, de sua autoridade em produzir sua própria verdade.

A ideologia capitalista e a ilusão da felicidade

Não há, de certa forma, uma ilusão sobre a cabeça dos operários que se sentem bem trabalhando em uma empresa multinacional que lhes paga bem. Não se trata da ilusão do consumo que o salário possibilita, mas a construção de um sujeito que tem como pilar em sua vida, o consumo. A ideologia capitalista não é uma ilusão, não é um véu, então não há como “retirar” este véu. É necessário agir, portanto, sem contar com a “realidade”, com a “verdade”, mas tentar utilizar estratégias que consigam movimentar poder de maneira eficiente.

[NEWSLETTER] Alain Badiou e o marxismo

Olá, tudo bom? Aqui é o Vinicius Siqueira! Estou enviando este e-mail pois atualizei dois posts acerca do trabalho de Alain Badiou, filósofo francês marxista de renome na segunda metade do século XX e no século XXI. Alain Badiou (1937-2023) é conhecido por suas contribuições à filosofia contemporânea, especialmente na área da teoria política e…

Análise de correspondência múltipla – Pierre Bourdieu

A ACM foi fundamental para Bourdieu porque ofereceu uma forma rigorosa e visual de demonstrar suas teorias sobre a estratificação social e as relações de poder. A técnica ajudou a reforçar sua argumentação de que a sociedade está estruturada por diferenças nos capitais e que essas diferenças se manifestam em todos os aspectos da vida, desde as preferências culturais até as práticas cotidianas.

Refugo humano: o “lixo” produzido pela globalização – Zygmunt Bauman

Bauman tem bons pitacos sobre o lixo humano, tratando sobre os refugiados enquanto o refugo da globalização. Quem diria?! A globalização também tem seus excedentes que precisam ser retirados de vista, seus sujeitos sem direitos, seus refugos estruturais.