O presente artigo se inicia com o entendimento de Enrique Dussel acerca da centralidade de René Descartes e seu cogito, passo pelo antecedente que dá possibilidade material para um ego cogito, o ego conquiro. Entre ambos, há um salto que é explicado por Ramon Grosfoguel pelo ego extermino, que articula o genocídio promovido pela conquista e o epistemicídio proposto pela nova filosofia moderna. Por fim, os quatro genocídios/epistemicídios argumentados por Boaventura de Souza Santos e desenvolvidos por Grosfoguel são traçados e a crítica de Grosfoguel e Castro-Gomez à impossibilidade da coetaneidade do tempo na modernidade é apresentada.