A lógica pré-lógica da prática social se expressa sempre no corpo. O corpo é o depositário das estrutura social internalizadas, inculcadas, incorporadas. A lógica da prática é a performance. O senso prático, conforme elaborado por Bourdieu, é devedor de um entendimento específico do corpo.
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Homologia estrutural – Pierre Bourdieu
A homologia estrutural é uma forma específica de relação entre posições que se situa num nível não necessariamente consciente das ações, não interessado, baseado nas próprias lutas existentes no espaço social e que, de maneira oculta, interliga as práticas e as expectativas dos agentes sociais. A homologia, também, é o fato de que há elementos semelhantes estruturalmente entre diferentes campos autônomos, como uma forma específica de poder, uma forma específica de capital, uma doxa, etc.
O discurso – Pierre Bourdieu
O discurso é a materialização de uma verdade latente que está presente na própria condição social de sua existência: o emissor legítimo, o receptor legítimo, a situação legítima e a linguagem legítima são elementos de compressão e expansão da verdade na fala do agente social, que comprime toda a verdade da doxa e a expande na reprodução via produção verbal.
Nomos – Pierre Bourdieu
O nomos, manifestado como lei geral de um campo específico, é “irredutível e incomensurável a qualquer outra, ela nunca poder ser referida à lei de um outro campo ou ao regime de verdade aí implicado”, é o princípio geral de distinção entre os campos e a manutenção de sua autonomia, de sua autoridade em produzir sua própria verdade.
Análise de correspondência múltipla – Pierre Bourdieu
A ACM foi fundamental para Bourdieu porque ofereceu uma forma rigorosa e visual de demonstrar suas teorias sobre a estratificação social e as relações de poder. A técnica ajudou a reforçar sua argumentação de que a sociedade está estruturada por diferenças nos capitais e que essas diferenças se manifestam em todos os aspectos da vida, desde as preferências culturais até as práticas cotidianas.
Illusio – Pierre Bourdieu
A illusio é uma disposição inculcada que liga o agente social e seu habitus com o campo social a que ele pertence. A partir da illusio, o agente participa, se envolve no jogo, dispõe-se a morrer pela vitória no jogo ou simplesmente pela permanência consolidada do jogo social dentro de um campo.
Bourdieu e a noção de poder – DROPS #69
O poder, seja ele repressivo ou simbólico, é entendido como aquilo que pode ser plenamente exercido, legitimamente exercido, pelos grupos dominantes de cada campo social. O exercício do poder está na possibilidade de estabelecer uma dominação que parece ser natural, que tende a ser consentida.
Doxa – Pierre Bourdieu
A doxa é uma propriedade específica dos campos em que o senso comum é admitido como uma verdade incontornável. Não se trata de uma verdade assumida voluntariamente por meio de uma comunicação consciente acerca dos seus termos, mas de uma verdade operacional internalizada sob a forma de habitus que determina o que vale à pena ser discutido e quais objetivos valem o esforço de uma luta.
Pierre Bourdieu: biografia, resumo e livros
Pierre Bourdieu foi um sociólogo francês da segunda metade do século XX, mesma época de Foucault e Derrida. Apesar de ter se graduado como filósofo, começou suas pesquisas como etnólogo na Argélia e terminou por revolucionar a sociologia: sua inovação metodológica o tornou reconhecido em todo o mundo acadêmico. Neste artigo, você poderá ler a biografia…
Capital social – Pierre Bourdieu
Não só entendido como atributo das relações construídas ao longo do tempo, o capital social é um elemento de compreensão das dinâmicas sociais que, para além do capital econômico, cultural ou simbólico, se expressam na forma das redes duráveis de relações que se tem com um grupo específico.