A terceirização simplesmente não pode acontecer.
– O 13º salário foi conquistado em meio a pressão dos trabalhadores no início da década de 60. Foi neste mesmo cenário que as Forças Armadas acharam necessário realizar um golpe para “proteger o país do comunismo“. Mas esta conquista só foi aprovada porque ela não simbolizava nenhum ganho real para a classe trabalhadora, mas reavia um dinheiro perdido. Como? O 13º é o dinheiro referente às semanas quebradas de cada mês: um mês não tem 4 semanas exatas, pois o ano não têm 48 semanas, mas sim 52. O salário era pago, antes dos anos 60, por semana, daí a luta para não perder essa fatia salarial, a adição de um pagamento de 4 semanas. Você pode ouvir esta explicação de maneira mais detalhada aqui no portal EBC.
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– As férias pagas foram conquistadas primeiramente na França, segundo o site Esquerda.net, em 1936, durante o governo de Léon Blum. No mesmo ano, a OIT aprovou a convenção 52, que tratava sobre o direito a férias, mas só foi ratificado por poucos países e logo não foi mais discutida, devido a Segunda Guerra Mundial.
Após a Segunda Guerra, o direito a férias foi reconsiderado e aprovado em diversos países, sendo a maioria na Europa. Atualmente, a convenção que prevê as férias, número 132, englobou a 52 e separa um tempo maior que três semanas para férias do trabalhador.
– A impossibilidade de se organizar é a concretização da megalomania capitalista em fazer do proletariado um conjunto de indivíduos soltos no mercado. O sindicato é a luta na esfera econômica dentro do capitalismo, mas quando não há sindicato, o que temos? Temos uma situação parecida com a Inglaterra de Thatcher, em que o papel dos sindicatos foi diminuído ao máximo para que a iniciativa privada pudesse regular as contratações, salários e direitos. O resultado foi a extensão da pobreza e o aumento da desigualdade social. Foi por causa de sua política que 230 mil mineiros perderam seus postos de trabalho e por volta de 165 mil minas foram fechadas.
Não podemos perder o mínimo.
Abaixo, Ricardo Antunes, professor da UNICAMP, também dá seu pitaco sobre o projeto de terceirização
Já sou velho, mas olho para o mundo a partir de seu ineditismo, nunca sob o ranço interminável dos anciãos.