Da série “Janta Filosófica“.
Na Janta Filosófica #52 falamos sobre a noção de pastorado em Michel Foucault e discutimos como ela pode nos ajudar a visualizar diferentes fenômenos políticos da contemporaneidade, focando, claro, no bolsonarismo.
O vídeo:
O áudio:
Veja a transcrição do início da live abaixo:
O pastorado configura uma gestão individual mas, ao mesmo tempo, que dá conta do todo. Este não é o melhor exemplo que eu vou dar, mas acho que é o mais concreto que eu consigo perceber: quase como se fosse uma medicina da família aliada a uma medicina social, talvez. A um olhar de saúde pública generalista.
Neste ponto de vista, pensar a criação de pastores passa muito pensar uma criação de formas de relacionamentos que talvez não sejam intermediados por nada utilitário. Algo que seja irredutível na relação humana. Algo que evite a instrumentalização do rebanho.
Estou falando sobre formar relações baseadas na empatia não é baseada estritamente em trocas materiais, por exemplo. Muito menos baseada naquilo que é relevante como objetivo a ser alcançado. De certa forma, é baseada simplesmente na manutenção da relação. Assim, talvez se tenha alí justamente um olhar que é humano.
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