Machado de Assis foi um dos maiores escritores brasileiros de todos os tempos, sua obra tem grande criatividade, técnica e crítica social. O Alienista não foge desta regra e aparece como um livro de discussão filosófica e riso irônico.
A versão de O Alienista aqui apresentado contém um prefácio de Vinicius Siqueira, autor de Foucault e a Arqueologia e editor do Colunas Tortas. O prefácio tem como objetivo mostrar as ligações entre a história da loucura, o iluminismo, a crítica de Machado de Assis e o momento histórico em que seu conto foi publicado.
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O Alienista, de Machado de Assis
O Alienista é um conto de Machado de Assis (1839 – 1908), jornalista, contista, cronista, romancista, poeta e teatrólogo carioca e fundador da cadeira número 23 da Academia Brasileira de Letras.
Foi lançado em 1882, no volume Papéis Avulsos, mas previamente havia sido lançada e capítulos pelo jornal de moda e variedades A Estação, de outubro de 1881 a março de 1882. O livro insere Machado de Assis em uma discussão que ganharia popularidade nas mãos de Foucault: 1) a forma de como política e judiciário estão ligados diretamente à loucura e 2) a aporia entre razão e desrazão.
O Autor: Machado de Assis
Machado de Assis nasceu no Rio de Janeiro, foi filho de pintor e sua mãe era portuguesa, de Açores. Viveu no Morro do Livramento e com 15 anos incompletos publicou seu primeiro trabalho: o soneto À Ilma. Sra. D.P.J.A, que saiu pelo Periódico dos Pobres[1].
Aos 19 foi revisor de provas da editora de Paula Brito e logo no ano seguinte, assumiu o posto no Correio Mercantil. Passou a colaborar lá e no Jornal do Rio, lugar que afetou sua maneira de escrever, lhe impondo um cotidiano de vida em torno da política, já que foi responsável por comentar os debates no Senado.
Ao longo de sua vida fez carreira no serviço público e publicou nove romances e peças teatrais, 200 contos, cinco coleções de poemas e sonetos e mais de 600 crônicas.
Seu interesse pelo conteúdo social e político se deu com a publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas em 1881, um ano mais velho que O Alienista, o livro inaugura a fase madura do escritor, considerado o introdutor do realismo no Brasil.
O Alienista e Foucault
Com o lançamento de O Alienista, Machado de Assis tangencia a discussão sobre os caminhos da razão e sua fragilidade. Simão Bacamarte é um alienista extremamente fascinado pela ciência médica que se torna responsável pelo primeiro manicômio da cidade de Itaguaí, a Casa Verde.
Neste manicômio, 75% da cidade foi internada. Todos os cidadãos estavam sob a análise de Bacamarte, que através de seus desenvolvimentos teóricos decidia quem era ou não louco. Todas as suas decisões eram guiadas por um rigoroso senso científico e o conto expõe a ligação entre o aparelho político, judiciário e a loucura.
A loucura, como vista por Machado de Assis d’O Alienista, é uma forma de controle que atinge os costumes e a política, adequando os interesses da razão iluminista e seu projeto de esclarecimento ao jogo de poder presente no aparelho político local.
Personagens principais
Simão Bacamarte: alienista diplomado e diretor da Casa Verde.
D. Evarista: esposa do alienista. Sem sal.
Porfírio: barbeiro da cidade e inesperado prefeito.
O Alienista, com introdução sobre Foucault e a Loucura
Leia um dos melhores contos de Machado de Assis com um prefácio exclusivo sobre a relação da obra com as discussões sobre a loucura que ganharem força na década de 60.
O livro contém 13 ilustrações inéditas do artista e escritor Lucas Silva e foi pensado para ser confortável na leitura em desktop, tablets e celulares.
Características:
- 13 ilustrações inéditas;
- Prefácio inédito sobre O Alienista e a obra de Foucault sobre a loucura;
- 140 páginas;
- Formato: PDF;
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Referências
[1] http://www.academia.org.br/academicos/machado-de-assis/biografia