O Processo Civilizador de Norbert Elias é um livro grande e recheado de exemplos e análises e mais exemplos e mais análises. Eu não acredito que conseguiria fazer uma resenha muito linear ou, até mesmo, seguir os passos do próprio autor e começar a citar seus milhares de exemplos com páginas de livros sobre boas maneiras que Elias utiliza pra provar sua argumentação, mas tentarei dar um pitaco básico.
A genealogia da democracia ocidental, por Achille Mbembe – DROPS #68
Da série “Necropolítica“. MBEMBE, Achille. Políticas da inimizade. São Paulo, SP: N-1 edições, 2020, p. 43-50. A crítica à violência das democracias, por sua vez, não é nova. Ela se oferece diretamente à leitura nos contradiscursos e práticas de luta que acompanharam sua emergência e, subsequentemente, seu triunfo no século XIX. Foi esse o caso,…
Lei da modalidade – Dominique Maingueneau
As leis da modalidade são constitutivas aos gêneros do discurso e estabelecem normas para o uso da língua de tal maneira que a produção verbal seja clara e econômica.
A servidão maquínica e a escola neoliberal – Pedro Pagni
A servidão maquínica atua nas sociedades neoliberais como forma de produzir sujeitos que, em vez de refletir, agem por reflexo. São partes de sistemas de máquinas em que a oposição entre sujeito e objeto é substituída pela extensão dos sujeitos vistos como parte de um mecanismo global. Por sua vez, a escola é um dispositivo central na maquinização dos sujeitos.
O povo – Giorgio Agamben
Giorgio Agamben aprofunda a análise foucaultiana acerca do povo, a inserindo num contexto de crítica ao estado de exceção e à própria possibilidade de gerá-lo através da prática da soberania. O povo, na análise do filósofo italiano, ocupa um espaço específico na constituição da esfera política ocidental: é um subconjunto que não pode ser incluído no conjunto em que já pertence e, ao mesmo tempo, não pode pertencer ao conjunto em que está indissociavelmente incluído.
Turistas e vagabundos para Zygmunt Bauman
Atualmente, por meio do uso do YouTube principalmente, é possível assistir diversas pessoas, normalmente com condições econômicas privilegiadas, realizando viagens por todo o mundo. O próprio consumo e exibição da viagem se torna um produto na sociedade de consumo. Esses produtores de conteúdo conhecem as melhores baladas da Europa, os pontos turísticos da China, almoçam…
Desemprego crônico – Zygmunt Bauman
Índice Introdução; A redundância; Prisão, lar dos excluídos; Referências. Introdução O desemprego é tido como um fator estrutural do capitalismo. Tudo se passa como se nem todos fossem ter emprego, como se fosse necessário se conformar com isso. O desemprego é uma situação, também, que em nenhum momento desde a invenção do emprego propriamente dito,…
Os tempos hipermodernos de Gilles Lipovetsky – Resenha
Os tempos hipermodernos de Gilles Lipovetsky podem ser vistos em seu ensaio Tempo Contra Tempo. Aqui é feita uma pequena apresentação do conceito de Hipermodernidade e do ensaio em questão, retratando a visão do autor sobre a sociedade atual e seus balanceamentos sobre a pós-modernidade
Foucault e a loucura – DROPS #2
A loucura não existe, mas os loucos existem. A loucura, enquanto substância, enquanto qualidade própria, não passa de uma positividade discursiva que se transforma ao longo do tempo e classifica certos tipos de inadequados como próximos ao sagrado, desatinados, furiosos, insanos e doentes mentais.
Força-de-lei e estado de exceção – Giorgio Agamben
A foça-de-lei é o aspecto mais importante do estado de exceção que, ao aplicar a norma a desaplicando, torna aquilo que não é lei constituído de força-de-lei, gerando um espaço de anomia para justamente permitir a existência de uma ordem jurídica estável posterior que o pressupõe.