A sociedade do consumo prevê um uso ilimitado da velocidade com fim em diminuir os espaços e aumentar a possibilidade de acúmulo de experiências. A hesitação é desaconselhada em uma sociedade de tempos líquidos, em que a forma social do tempo pode ser representada pela alegoria ao pontilhismo. O tempo pontilhista exige a plena satisfação imediata dos objetivos de consumo e, ao mesmo tempo, exige a insatisfação por não ser possível satisfazer tal necessidade plenamente.
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Cultura do consumo – Zygmunt Bauman
A cultura do consumo não só faz dos objetos uma necessidade para consumo, mas também transoforma os próprios individuos como objetos de consumo. Ao se compôr através do consumo de itens disponíveis no mercado, enquanto sujeito conhecido e reconhecido por meio dos adereços que o compõe, o sujeito do consumo se comoditiza e se transforma em mais um item de consumo.
Estratégia – Pierre Bourdieu
A estratégia “é produto do senso prático como sentido do jogo, de um jogo social particular, historicamente definido, que se adquire desde a infância, participando das atividades sociais” (BOURDIEU, 2004, p. 81). Sendo que senso prático é entendido como aquilo que, ao marcar o corpo, faz do corpo um suporte criativo de ações mais ou menos adequadas ao campo específico em que está inserido.
Senso prático – Pierre Bourdieu
A lógica pré-lógica da prática social se expressa sempre no corpo. O corpo é o depositário das estrutura social internalizadas, inculcadas, incorporadas. A lógica da prática é a performance. O senso prático, conforme elaborado por Bourdieu, é devedor de um entendimento específico do corpo.
Homologia estrutural – Pierre Bourdieu
A homologia estrutural é uma forma específica de relação entre posições que se situa num nível não necessariamente consciente das ações, não interessado, baseado nas próprias lutas existentes no espaço social e que, de maneira oculta, interliga as práticas e as expectativas dos agentes sociais. A homologia, também, é o fato de que há elementos semelhantes estruturalmente entre diferentes campos autônomos, como uma forma específica de poder, uma forma específica de capital, uma doxa, etc.
O discurso – Pierre Bourdieu
O discurso é a materialização de uma verdade latente que está presente na própria condição social de sua existência: o emissor legítimo, o receptor legítimo, a situação legítima e a linguagem legítima são elementos de compressão e expansão da verdade na fala do agente social, que comprime toda a verdade da doxa e a expande na reprodução via produção verbal.
Nomos – Pierre Bourdieu
O nomos, manifestado como lei geral de um campo específico, é “irredutível e incomensurável a qualquer outra, ela nunca poder ser referida à lei de um outro campo ou ao regime de verdade aí implicado”, é o princípio geral de distinção entre os campos e a manutenção de sua autonomia, de sua autoridade em produzir sua própria verdade.
Análise de correspondência múltipla – Pierre Bourdieu
A ACM foi fundamental para Bourdieu porque ofereceu uma forma rigorosa e visual de demonstrar suas teorias sobre a estratificação social e as relações de poder. A técnica ajudou a reforçar sua argumentação de que a sociedade está estruturada por diferenças nos capitais e que essas diferenças se manifestam em todos os aspectos da vida, desde as preferências culturais até as práticas cotidianas.
Illusio – Pierre Bourdieu
A illusio é uma disposição inculcada que liga o agente social e seu habitus com o campo social a que ele pertence. A partir da illusio, o agente participa, se envolve no jogo, dispõe-se a morrer pela vitória no jogo ou simplesmente pela permanência consolidada do jogo social dentro de um campo.
Doxa – Pierre Bourdieu
A doxa é uma propriedade específica dos campos em que o senso comum é admitido como uma verdade incontornável. Não se trata de uma verdade assumida voluntariamente por meio de uma comunicação consciente acerca dos seus termos, mas de uma verdade operacional internalizada sob a forma de habitus que determina o que vale à pena ser discutido e quais objetivos valem o esforço de uma luta.