O desejo de apartheid – Achille Mbembe

Aquele que se situa do outro lado do muro não é só um outro, mas é um outro que se faz como nada. Sua perda não é sentida, não por ser um sujeito menor, mas por praticamente não ser sujeito. Eram corpos que cercavam e, no limite, precisavam ser separados, precisavam ser vigiados e precisavam existir para manter estável a criação do inimigo a ser conquistado.

Martírio e fim – Achille Mbembe

O mundo externo impede a realização de uma vida já entendida como mítica, enquanto o mundo interno permite a acumulação de forças para a produção de uma nova moral. Desta forma, o martírio e o suicídio acontecem como medidas de existência: a existência acontece no momento de morte, de aproximação sagrada de Deus (ou do absoluto).

O corpo em Michel Foucault – DROPS #25

Eleições, resultados e o corpo político. Youtube do Colunas Tortas, 2022. Disponível em <<https://youtu.be/3LgKJdnyugI>>. Acesso em 05 out 2022. O corpo em Michel Foucault Me parece que há uma relação direta da noção de corpo em Michel Foucault com política, uma relação refinada, uma relação que se difere da maneira como entendemos o corpo sendo…

O enunciador – Dominique Maingueneau

Desta forma, entende-se o enunciador como uma instância que aparece na enunciação do locutor e que, justamente por sua característica de instância linguística/discursiva, possibilita a fala de posições diferentes, opostas das suas. O enunciador, assim, não é a pessoa, o falante, o sujeito falante, o enunciador é um momento de existência no processo de enunciação, um momento de separação da fonte do que se diz, que pode se confundir com o locutor ou não, podendo ser inclusive seu oposto.

A lei da exaustividade – Dominique Maingueneau

Entende-se a lei da exaustividade como o esforço em inserir todas as informações relevantes para o assunto em foco numa prática discursiva. Desta forma, a lei também traduz o esforço do destinatário que, em seu gesto de leitura, considerará que as informações exibidas são justamente aquelas que informam plenamente o necessário para a continuação da comunicação.

A sociedade individualizada em Zygmunt Bauman – DROPS #20

A lógica de produção e consumo capitalista tende a gerar a dissolução dos laços sociais e esta dissolução geraria ausência de empatia e altruísmo. Esta é provocação de nosso seguidor Bruno Brito, feita na Janta Filosófica A cidade, a mudança, a mistura e a festança. Vinicius SiqueiraInstagram: @viniciussiqueiract Vinicius Siqueira de Lima é mestre e…

A lei da sinceridade – Dominique Maingueneau

Entende-se que a lei da sinceridade é constitutiva à prática discursiva: a necessidade da sinceridade não é somente normativa, mas se atualiza na realização dos atos de fala numa troca verbal.  Seu caráter constitutivo pode ser visto nas maneiras de como, mesmo quando socialmente inadequada, a sinceridade ainda se faz como elemento central na prática discursiva.

A lei da pertinência – Dominique Maingueneau

Entende-se que a lei da pertinência é um elemento constitutivo da prática discursiva e, por sua vez, sua existência não se faz enquanto norma, ou seja, externamente imposta aos indivíduos para que a situação da comunicação seja perfeita. Se faz enquanto condição e se realiza enquanto produto.