A origem da prática fascista contra organizações de trabalhadores – Fascismo

O início das articulações entre o patronato e milícias armadas antissindicais pode ser visto em Allan Pinkerton, escocês e ex-policial que em 1850 fundou a Pinkerton National Detective Agency, agência com detetives especializados em trabalhos dentro de empresas. Estes trabalhos se sofisticaram até empresas deste setor de transformarem em serviços de inteligência contra grevistas, num momento em que a burguesia não detinha controle das ideias que movimentavam os trabalhadores.

Japão, elo surpresa da cadeia imperialista – Fascismo

O presente artigo retrata o nascimento do fascismo no Japão através das investidas ocorridas principalmente na década de 30, culminando no estabelecimento do sistema de partido único em 1940. Antes disso, os grupos fascistas promoveram golpes de Estado fracassados, assassinatos de figuras públicas e terror midiático contra um suposto inimigo comunista para, por fim, militarizar a sociedade japonesa e centralizar o poder num Estado forte com base de decisões ancoradas no exército.

O fascismo segundo Leon Trostky – Fascismo

O persente artigo expõe pontos da visão de Trotsky sobre fascismo com base também no célebre texto introdutório de Ernest Mandel ao pensamento do líder do exército vermelho. Para Trotsky, o fascismo emerge como estratégia de dominação do capitalismo financeiro com supressão de conquistas e forças do movimento operário, e teve na pequena burguesia sua base de massas, apesar de servir, quando deixou sua independência financeira e passou a aceitar financiamento de grandes empresas, ao grande capital.

Fascismo e a Itália: um elo fraco na cadeia imperialista

A Itália sofreu com contradições políticas desde sua primeira tentativa de unificação nacional, passando pelas contradições econômicas no processo de desenvolvimento da indústria no Norte e terminando pela própria forma de viver e olhar o mundo dividia entre as regiões Norte e Sul. O resultado foi um momento de crise político-ideológica entre as classes trabalhadoras, entre a classe capitalista e os grandes proprietários agrários.

Alemanha: um elo fraco na cadeia imperialista – Fascismo

A Alemanha foi um elo fraco do imperialismo devido à conturbada “revolução” democrática que manteve poder nas mãos do capital agrário. Estes, 1) causaram fraqueza política na medida em que tinham grande influência no bloco no poder, 2) causaram fraqueza ideológica pois ainda tinham dominância na ideologia vigente, com resquícios fortes do período feudal e 3) foram os grandes perdedores econômicos no desenvolvimento acelerado da indústria. Assim, as crises nas esferas política, ideológica e econômica tornaram o país fraco em relação aos outros países imperialistas.

O imperialismo em Poulantzas e a condição do fascismo – Fascismo

No artigo presente, será exposta uma introdução à teoria do imperialismo do filósofo grego Nicos Poulantzas. O imperialismo, diz o autor, forma uma rede com elos fracos e fortes. Através da relação dos países imperialistas entre si e entre suas formações sociais dependentes e dominadas, surge a hegemonia dos EUA após a segunda-guerra mundial, com tendência para a exportação de capitais para outros países imperialistas europeus. O fascismo, por sua vez, cresce da força de expansão do imperialismo e com o efeito de isolamento e unidade promovidos pelo Estado burguês na fase imperialista.

Clara Zetkin e a ofensiva da burguesia – Fascismo

O fascismo nasce como ofensiva da burguesia contra o proletariado e parte da responsabilidade de sua emergência é dos partidos comunistas e social-democratas que se tornaram reformistas diante da conjuntura revolucionária. A resposta de Clara Zetkin para a ofensiva fascista é o trabalho de base e a luta com uso da violência como autodefesa.

Uso racional da ideologia irracional no fascismo – Michael Parenti

A aparente irracionalidade da ideologia fascista encobre um uso racional e instrumental de seus desígnios, diz Michael Parenti. O culto à personalidade, a hostilidade à paz e a ênfase a valores monísticos são bases para a análise do uso racional e estratégico de visões irracionais de mundo. Junto a isso, seus desdobramentos envolvem o uso do patriarcado como base da sociedade fascista, que fornece papeis fixos aos homens e mulheres na condução da família e na obrigação de mantê-la viva, sob o interesse da reprodução da sociedade fascista.

Fascismo: o conceito de fascismo

O presente artigo visa identificar um conceito geral de fascismo partindo das análises do filósofo Leandro Konder e do historiador Robert Paxton. O primeiro analisa o movimento político como uma espécie da direita, enquanto o segundo afirma que o fascismo é um tipo diferente no espectro político tradicional. Entretanto, ambos assinalam a dependência do fascismo com o financiamento do capital financeiro. O fascismo, por fim, é classificado como uma força social com característica social-conservadora disfarçada numa roupagem de movimento modernizador, guiado por uma ideologia de pragmatismo radical e suportado por um mito nacionalista.

Os usos do fascismo como discurso civilizatório

O fascismo é um conceito utilizado pela esquerda e pela direita. No presente artigo, a Revista Fórum e O Antagonista são analisados em seus usos do termo fascismo. É possível formar uma hipótese através da apropriação do conceito feito pelos colunistas e jornalistas da Revista Fórum e pelo texto escolhido d’O Antagonista de que o fascismo está presente num discurso maior de cunho civilizacional, que corta o saber político, mas acumula enunciados da esfera moral e da filosofia.