O Anticristo – Friedrich Nietzsche: resumo

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O Anticristo, de Friedrich Nietzsche, é um raio sobre o corpo cristão. O objetivo do livro não é menos que destruir as bases do pensamento religioso, tomando como alvo concreto o cristianismo.

É impossível terminar a leitura sem entender a polêmica que este livro causaria, caso fosse popularizado em seu lançamento, no fim do século XIX. É em O Anticristo que Nietzsche critica o sujeito castrado da religião e acaba com a fama de Paulo (apóstolo do cristianismo e um de seus principais propagadores no império romano), o acusando de construir uma filosofia antinatural dentro da religião cristã.

No livro, ainda sobra espaço para uma discussão sobre o budismo (Friedrich Nietzsche leu muito Schopenhauer, que teve contato direto com a filosofia oriental) e a definição clássica da moral dos fracos, como uma moral antinatural, e a moral dos fortes, como uma moral naturalista.

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Manuscritos originais d’O Anticristo. O livro foi escrito em 1888 e publicado em 1895.

Anticristo de Nietzsche: organização do livro

O texto é dividido em 63 aforismos, nos quais Nietzsche aborda diversos temas, como a história do cristianismo, a moralidade cristã, a figura de Jesus Cristo e o impacto do cristianismo na cultura ocidental.

Uma das principais críticas de Nietzsche ao cristianismo é que ele é uma religião da fraqueza e da decadência. Para o filósofo, o cristianismo é a expressão da vontade de poder dos fracos, que se revoltam contra os fortes e os dominantes. O cristianismo, portanto, é uma religião que promove a inversão dos valores, valorizando o fraco e o oprimido em detrimento do forte e do dominador.

Nietzsche também critica a moralidade cristã, que ele considera antinatural e prejudicial à vida. A moralidade cristã, baseada na noção de pecado e culpa, é uma moralidade da renúncia e da negação da vida. Ela é responsável por promover o ressentimento e a vitimização, sentimentos que, segundo Nietzsche, são a fonte de toda a decadência.

A figura de Jesus Cristo também é alvo da crítica de Nietzsche. O filósofo afirma que a figura de Jesus Cristo não foi de um messias, mas de um homem fraco e doente, que foi manipulado pelos interesses políticos de seus seguidores. Para Nietzsche, o cristianismo é uma falsificação da mensagem original de Jesus Cristo, que era uma mensagem de amor e de aceitação da vida.

O Anticristo de Nietzsche é uma obra complexa e desafiadora, que ainda hoje é fonte de polêmica e debate. É uma obra que oferece uma visão radical do cristianismo, que pode ser interpretada de diversas maneiras.

A seguir, são apresentados alguns dos principais argumentos de Nietzsche contra o cristianismo:

  • O cristianismo é uma religião da fraqueza e da decadência;
  • A moralidade cristã é antinatural e prejudicial à vida;
  • A figura de Jesus Cristo foi falsificada pelos interesses políticos de seus seguidores.

Esses argumentos são baseados na filosofia de Nietzsche, que defende a ideia de que a vida deve ser vivida de forma afirmativa, sem renúncias ou negação. Para Nietzsche, o cristianismo é uma religião que promove a negação da vida, o que é prejudicial ao desenvolvimento do indivíduo e da sociedade.

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Curso de filosofia do professor Anderson

5 Comentários

  1. Cheguei até vc atraves de 1comentario no Tweeter, “sociedade liquida”. Não sabendo o significado, coloquei no google e descobri o Vinicius, em colunas tortas, num texto sobre Bauman, “modernidade liquida”.
    Gostei muito e serei sua leitora em artigos anteriores e os que vierem
    Tania

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