Desta forma, entende-se o enunciador como uma instância que aparece na enunciação do locutor e que, justamente por sua característica de instância linguística/discursiva, possibilita a fala de posições diferentes, opostas das suas. O enunciador, assim, não é a pessoa, o falante, o sujeito falante, o enunciador é um momento de existência no processo de enunciação, um momento de separação da fonte do que se diz, que pode se confundir com o locutor ou não, podendo ser inclusive seu oposto.
A política e o político, por Chantal Mouffe – DROPS #22
MOUFFE, Chantal. Sobre o Político. 1. ed. Tradução de Fernando Santos. São Paulo: Martins Fontes, 2015. [O princípio] mais importante refere-se à distinção que pretendo fazer entre a “política” e “o político”. Na verdade, na linguagem corrente não é muito comum se falar sobre “o político”; penso, porém, que essa distinção abre novos e importantes…
A lei da exaustividade – Dominique Maingueneau
Entende-se a lei da exaustividade como o esforço em inserir todas as informações relevantes para o assunto em foco numa prática discursiva. Desta forma, a lei também traduz o esforço do destinatário que, em seu gesto de leitura, considerará que as informações exibidas são justamente aquelas que informam plenamente o necessário para a continuação da comunicação.
Qual a importância da análise do discurso, por Eni Orlandi – DROPS #21
ORLANDI, Eni. Entrevista: Eni Orlandi. Canal do YouTube da Associação Brasileira de Linguística – Abralin, 2019. Acesso em 25 jul 2022. Disponível em <<https://youtu.be/ZLJJVGRjui0>>. Eu diria que a análise de discurso importa na medida em que a linguagem importa na vida humana, social, política e etc. Mais disciplinadamente, eu diria que ela importa na medida…
A lei da informatividade – Dominique Maingueneau
Entende-se que a lei da informatividade é constitutiva em relação ao discurso na medida em que atua dispondo enunciador e destinatário em seu engajamento na prática discursiva: na medida em que não se diz algo para dizer nada, não se produz o vazio ao outro.
A sociedade individualizada em Zygmunt Bauman – DROPS #20
A lógica de produção e consumo capitalista tende a gerar a dissolução dos laços sociais e esta dissolução geraria ausência de empatia e altruísmo. Esta é provocação de nosso seguidor Bruno Brito, feita na Janta Filosófica A cidade, a mudança, a mistura e a festança.
A lei da sinceridade – Dominique Maingueneau
Entende-se que a lei da sinceridade é constitutiva à prática discursiva: a necessidade da sinceridade não é somente normativa, mas se atualiza na realização dos atos de fala numa troca verbal. Seu caráter constitutivo pode ser visto nas maneiras de como, mesmo quando socialmente inadequada, a sinceridade ainda se faz como elemento central na prática discursiva.
A articulação de enunciados em J-J. Courtine – DROPS #19
COURTINE, Jean-Jacques. Análise do discurso político: o discurso comunista endereçado aos cristãos. São Paulo: EdUFSCAR, 2009, p. 75-76. O interdiscurso, enquanto lugar de constituição do pré-construído, fornece os objetos dos quais a enunciação de uma sequência discursiva se apropria, ao mesmo tempo que (ele) atravessa e conecta entre si esses objetos;
Janta Filosófica #55: Byung-Chul Han e a digitalização da vida
As Jantas Filosóficas acontecem todas as segundas-feiras às 19:30hs no canal do Colunas Tortas.
A lei da pertinência – Dominique Maingueneau
Entende-se que a lei da pertinência é um elemento constitutivo da prática discursiva e, por sua vez, sua existência não se faz enquanto norma, ou seja, externamente imposta aos indivíduos para que a situação da comunicação seja perfeita. Se faz enquanto condição e se realiza enquanto produto.