A comunidade, na modernidade líquida, torna-se uma ideia materializada nas instituições que garantem a ordem numa sociedade de alta divisão do trabalho. Ao propor este olhar à modernidade líquida, Bauman entende que as comunidades representam a tentativa brutal de tornar seguro um dia a dia incerto e fluido.
Autor: Vinicius Siqueira
A exceção soberana – Giorgio Agamben
A exceção soberana não é, necessariamente, um espaço geográfico definido, nem mesmo é uma criação opcional da soberania. A exceção é a essência da soberania, é seu efeito real e um sujeito perante a soberania está implicado em sua existência através de um movimento duplo de exclusão e inclusão.
O corpo soberano e o corpo sacro – Giorgio Agamben
Para Giorgio Agamben, há uma divisão no corpo do soberano, sendo um corpo com duas vidas mutuamente ligadas por ele: uma vida natural e uma vida sacra. O autor descreve essa característica do corpo soberano por meio da análise de sepultamentos de imperadores, pela morte de monarcas e pela noção do devoto sobrevivente enquanto sujeito entregue aos deuses mas que não foi morto no campo da batalha.
O poder soberano e o poder do pai – Giorgio Agamben
Para Agamben, o vínculo soberano é originário na constituição da política e se assemelha com o poder do pai no antigo direito romano. Ao estabelecer esta ligação originária, assim como o pai, produz uma vida nua, uma existência particular em que o pai, assim como o magistrado no direito romano, agirá como soberano frente ao filho, no primeiro caso, ou aos cidadãos, no segundo caso. Esta vinculação soberana cria um espaço entre a casa e a cidade de pura insegurança e abandono, despindo o sujeito de qualquer dignidade da vida a não ser que esteja inserido, através dessa exclusão, na política.
O que é análise do discurso? Qual é a sua importância?
A análise do discurso nos ajuda a entender o dito num nível propriamente discursivo, não semântico, nem sintático. Daí os esforços dos pensadores nos anos 60 e 70 para identificar um método ou procedimento próprio de análise das coisas ditas.
Sociedade do consumo – Zygmunt Bauman
A sociedade do consumo é aquela que interpela os indivíduos em sujeitos do consumo e, através deste mecanismo, exclui todos que não conseguem se adequar à tarefa de constituição de si individualmente, solitariamente. O recurso próprio é o único recurso possível de ser utilizado numa sociedade sem referenciais de projeto de sociedade e, acima de tudo, sem um Estado forte o bastante para agir sobre o mercado, não só a partir dos desejos dos agentes do mercado.
Homo sacer – Giorgio Agamben
A sacralidade aparece como a implicação da vida nua, da vida do homo sacer, na ordem jurídico-política. O termo homo sacer é justamente a emergência da relação política originária que é incluída através da exclusão nesta ordem. A vida só é sacra quando presa à exceção soberana, ou seja, quando inserida no contexto político-jurídico de exceção, de inclusão neste contexto através da exclusão de suas possiblidades de assujeitamento pela esfera da política e do direito.
Deus está morto – Nietzsche
A afirmação “Deus está morto” em Nietzsche é a vitória sobre a mentalidade de rebanho, falsa, corrupta e artificial. É por isso que Zaratustra, após o encontro com o velho santo, vai embora sorrindo. “Quando Zaratustra se achou só, assim falou para seu coração: ‘Como será possível? Este velho santo, na sua floresta, ainda não soube que Deus está morto!’.
O Anticristo – Friedrich Nietzsche: resumo
Porque ler O Anticristo de Friedrich Nietzsche? Clique aqui e saiba como o cristianismo foi abalado por este livro.
Em defesa da sociedade, por Michel Foucault
Em defesa da sociedade é um curso de Michel Foucault no Collège de France ministrado em 1975-76 e publicado em formato de livro em 1976. No livro, o autor apresenta a noção de biopoder e traça uma genealogia do racismo na Europa a partir da análise das relações de poder e seu desenrolar no nível…