O dispositivo – Michel Foucault

Entende-se que o dispositivo, através da explicação de Foucault, pode ser compreendido a partir de três características: sua heterogenia, sua emergência e a urgência que pretende responder. O dispositivo é composto por um conjunto de elementos dispersos, sem coerência explícita necessária, elementos discursivos e não discursivos, que se relacionam, resolvem uma urgência específica. O dispositivo é uma ferramenta analítica avessa ao universal, avessa ao atemporal.

A loucura suicida – Michel Foucault

O suicídio passa a frequentar um campo fora do sagrado, um campo de existência que depende de uma certa secularização da pena e, ao mesmo tempo, ressacralização institucional: a emergência da Contrarreforma e seu olhar ao erro contra o próprio corpo em conjunto com a máquina de internamento do século XVII. O suicida, assim, passa a ser exemplo de um tipo de insano clássico: aquele que expressa uma recusa ética fundamental.

Bolsonarismo e nazismo: evento gratuito no CT [Newsletter do Colunas Tortas]

Olá, tudo bom? Eu sou o Vinicius Siqueira do Colunas Tortas e nossa newsletter está recheada de conteúdo novo! Hoje, nós também teremos um evento maravihoso no Colunas Tortas. Com muito orgulho e esforço, iremos trazer Michel Gherman para falar sobre as relações entre o Bolsonarismo e o nazismo! No site: ARTIGO NOVO: O modelo…

O modelo de poder da tecelagem – Michel Foucault

O poder pastoral tem entrada na Europa a partir do pensamento oriental, principalmente hebreu, mas também pitagórico. O pensamento grego, por sua vez, redireciona a análise do homem político para o paradigma da tecedura, em que cabe ao político organizar, unir e dar condição para o exercício dos pastorados particulares na cidade: é a tecedura que permite uma administração para favorecer o pastorado do ginasta, do médico, do pedagogo e etc.

Literatura, loucura e o metaverso [Newsletter do Colunas Tortas]

Olá, tudo bom? Eu sou o Vinicius Siqueira do Colunas Tortas e durante nossa semana tivemos novos vídeos e novos artigos publicados! Foi uma semana com Janta Filosófica sobre o Metaverso! Além disso, falamos sobre a loucura em Foucault e sobre a liquidez em Bauman, além de termos produzido um artigo sobre Anatol Rosenfeld. Bora…

Modernidade e colonização – Enrique Dussel

O presente artigo se inicia com o entendimento de Enrique Dussel acerca da centralidade de René Descartes e seu cogito, passo pelo antecedente que dá possibilidade material para um ego cogito, o ego conquiro. Entre ambos, há um salto que é explicado por Ramon Grosfoguel pelo ego extermino, que articula o genocídio promovido pela conquista e o epistemicídio proposto pela nova filosofia moderna. Por fim, os quatro genocídios/epistemicídios argumentados por Boaventura de Souza Santos e desenvolvidos por Grosfoguel são traçados e a crítica de Grosfoguel e Castro-Gomez à impossibilidade da coetaneidade do tempo na modernidade é apresentada.

Foucault e a genealogia de Nietzsche [Newsletter do Colunas Tortas]

Olá, tudo bom? Eu sou o Vinicius Siqueira do Colunas Tortas e durante nossa semana tivemos novos vídeos e novos artigos publicados! Foi uma semana foucaultiana e nietzscheana! Vamos lembrar cada novo conteúdo a respeito de ambos que foi produzidos por aqui: No site: O tríplice deslocamento da analítica do poder – Michel Foucault Resumo:…

O tríplice deslocamento da analítica do poder – Michel Foucault

O triplo deslocamento para análise das relações localizadas 1) no exterior da instituição, 2) no exterior de suas funções e 3) no exterior dos objetos que são seus alvos permite o reconhecimento do funcionamento global do poder e, assim, da constituição das instituições, de suas funções e seus objetos para além daquilo que é declarado intencionalmente pela própria instituição, para além do mundo fechado em si da análise institucional que Foucault se contrapõe.

Habitus – Pierre Bourdieu

O habitus, entendido como sistema de disposições práticas, tende a ser o conceito operatório de articulação entre o nível objetivo e o nível subjetivo, retirando a ingenuidade de uma apreensão primeira do mundo social e, ao mesmo tempo, recolocando a análise objetiva em sua responsabilidade de explicar as condições que permitem a expressão subjetiva.