Diálogos entre Hannah Arendt e Judith Butler em SP

O advento da modernidade trouxe formas de análise peculiares que têm como objetivo entender as relações que se estabeleceram. A Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP) está sediando o curso de extensão Diálogos entre Hannah Arendt e Judith Butler, de 12 de maio até 07 de julho, focado no pensamento das duas…

Elementos internos e externos da língua – Saussure e a AD

O artigo abaixo visa mostrar a classificação feita por Saussure entre os fatos correspondentes à linguística da língua e à linguística da fala. Para o autor, somente faz parte da análise da língua aquilo que pode afetar seu sistema interno e todo o restante deve ser eliminado das observações de um cientista da língua. Após os desenvolvimentos sobre a linguística interna e externa de Saussure, é colocado uma aproximação de Pêcheux e da análise do discurso (AD) sobre este tema, demonstrando que parte do nascimento da AD envolve a negação de tal separação proposta pelo autor suíço.

O corte entre língua e fala – Saussure e a AD

O corte entre língua e fala proposto por Saussure  estabeleceu um novo tipo de olhar para a linguística, que poderia ser vista a partir de seu funcionamento, não mais de sua função. Pêcheux se insere nesta discussão ressaltando o retorno do sujeito nos escritos de Saussure e inserindo a história na análise da fala.

Foucault como arqueólogo – Norman Madarasz

O artigo visa mostrar a proposta de Norman R. Madarasz em assumir que Foucault utilizou o método arqueológico em toda sua obra, às vezes diretamente, às vezes subordinado à tática genealógica. Por fim, o autor procura salientar também que a arqueologia é um tipo de análise estrutural e, portanto, Foucault não rejeitou o estruturalismo em sua obra, apesar de se posicionar distante a ele.

Memória discursiva – Michel Pêcheux

A memória discursiva é o suporte semântico de um discurso, seu funcionamento se dá através da repetição de enunciados, que forma uma regularidade discursiva. Esta, por sua vez, invoca significados através dos pré-construídos estabelecidos nas séries enunciativas. O exemplo utilizado do discurso religioso na televisão demonstra uma tentativa de ruptura no discurso religioso, retirando seu traço tradicional de resignação e sofrimento.

Foucault + Butler: curso online da USP

Michel Foucault e Judith Butler são dois pensadores contemporâneos de larga envergadura: o primeiro foi responsável por inovações metodológicas e concepções novas sobre as relações de poder, já a última é grande nome nos estudos de gênero e tem vasta produção sob a influência do filósofo francês. A Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas…

Acontecimento discursivo – Michel Pêcheux

O acontecimento discursivo entra como conceito-chave na obra de Pêcheux a partir de sua terceira fase. O pioneiro da Análise do Discurso Francesa (AD) criou o conceito para dar conta da variação de sentido alcançada por enunciados após sua prática. Por fim, o exemplo da Marcha das Vadias é utilizado para mostrar a funcionalidade analítica do conceito proposto.

“Não vou pagar o pato”, ou O discurso: estrutura ou acontecimento? – Michel Pêcheux

O slogan “não vou pagar o pato” promovido pela FIESP em favor do golpe de 2016, teve papel importante na concentração de interesses em manifestações pró-impeachment. Com base teórica a Análise do Discurso de linha francesa (AD), tendo como pioneiro Michel Pêcheux, entendemos que este enunciado carrega diferentes posições de sujeito para cada tipo de enunciador, sendo que o sujeito da enunciação legitimado pelas relações não discursivas é o membro da elite empresarial brasileira, representada por Paulo Skaf. Desta forma, colocamos como hipótese que a ilusão da classe trabalhadora (pobres e classe média) em ser representada por este enunciado se dá através dos mecanismos próprios do discurso.