Foucault é preferido por 67,5%, Bakhtin e Pêcheux aparecem em seguida

A pesquisa presente neste artigo tem como objetivo elucidar pontos básicos sobre o perfil do estudante de análise do discurso. Apesar de ser feita com uma população de estudantes usuários do site Colunas Tortas, a pesquisa tem sua validade na medida em que o público do site é diretamente aquele a quem a pesquisa se destina: estudantes, em sua maioria, de análise do discurso.

Língua enquanto instituição social – Saussure e a AD

O artigo abaixo visa explicar a teoria de Saussure sobre a língua enquanto instituição social e mostrar as críticas de Michel Pêcheux sobre a interpretação do linguista suíço. Para Pêcheux, a língua enquanto instituição não é capaz de cobrir os elementos extralinguísticos presentes na fala, sendo assim, uma análise do discurso deve observar as condições de produção.

Elementos internos e externos da língua – Saussure e a AD

O artigo abaixo visa mostrar a classificação feita por Saussure entre os fatos correspondentes à linguística da língua e à linguística da fala. Para o autor, somente faz parte da análise da língua aquilo que pode afetar seu sistema interno e todo o restante deve ser eliminado das observações de um cientista da língua. Após os desenvolvimentos sobre a linguística interna e externa de Saussure, é colocado uma aproximação de Pêcheux e da análise do discurso (AD) sobre este tema, demonstrando que parte do nascimento da AD envolve a negação de tal separação proposta pelo autor suíço.

O corte entre língua e fala – Saussure e a AD

O corte entre língua e fala proposto por Saussure  estabeleceu um novo tipo de olhar para a linguística, que poderia ser vista a partir de seu funcionamento, não mais de sua função. Pêcheux se insere nesta discussão ressaltando o retorno do sujeito nos escritos de Saussure e inserindo a história na análise da fala.

Memória discursiva – Michel Pêcheux

A memória discursiva é o suporte semântico de um discurso, seu funcionamento se dá através da repetição de enunciados, que forma uma regularidade discursiva. Esta, por sua vez, invoca significados através dos pré-construídos estabelecidos nas séries enunciativas. O exemplo utilizado do discurso religioso na televisão demonstra uma tentativa de ruptura no discurso religioso, retirando seu traço tradicional de resignação e sofrimento.

Acontecimento discursivo – Michel Pêcheux

O acontecimento discursivo entra como conceito-chave na obra de Pêcheux a partir de sua terceira fase. O pioneiro da Análise do Discurso Francesa (AD) criou o conceito para dar conta da variação de sentido alcançada por enunciados após sua prática. Por fim, o exemplo da Marcha das Vadias é utilizado para mostrar a funcionalidade analítica do conceito proposto.

“Não vou pagar o pato”, ou O discurso: estrutura ou acontecimento? – Michel Pêcheux

O slogan “não vou pagar o pato” promovido pela FIESP em favor do golpe de 2016, teve papel importante na concentração de interesses em manifestações pró-impeachment. Com base teórica a Análise do Discurso de linha francesa (AD), tendo como pioneiro Michel Pêcheux, entendemos que este enunciado carrega diferentes posições de sujeito para cada tipo de enunciador, sendo que o sujeito da enunciação legitimado pelas relações não discursivas é o membro da elite empresarial brasileira, representada por Paulo Skaf. Desta forma, colocamos como hipótese que a ilusão da classe trabalhadora (pobres e classe média) em ser representada por este enunciado se dá através dos mecanismos próprios do discurso.

Constructo discursivo e as condições de produção – Michel Pêcheux

O Constructo discursivo abarca o discurso, as formações imaginárias, discursivas e ideológicas de uma dada situação. É um conceito formado por Ana de Godoy e visa compreender o jogo de evidências na comunicação entre dois sujeitos. Abordamos o conceito em sua relação com as condições de produção.

As duas formas da ideologia – Michel Pêcheux

Michel Pêcheux se esforça por elaborar uma teoria do funcionamento da ideologia, a separando em dois compartimentos, um relacionado ao processo produtivo e outro relacionado às relações de produção. Um empírico e o outro especulativo. Aqui, o autor já inicia seu trabalho com as noções que depois viriam a ser parte da Análise do Discurso Francesa e termina por diagnosticar as ciências sociais de seu tempo como ideologias.

O pré-construído – Michel Pêcheux

O pré-construído se localiza no cruzamento da teoria do discurso com a linguística, fundamentando a pré-existência de um conteúdo numa ligação sintática que, sem esse já dito, não oferece qualquer sentido particular. Sírio Possenti oferece modificações e limitações ao conceito, de maneira que ele passa a ter mais relação com as formações discursivas do que com o interdiscurso proposto por Pêcheux.