Os professores do estado de São Paulo decidiram em assembleia no Vão do MASP, nesta sexta-feira (17), a permanência da greve dos professores.
A greve já se estende há mais de um mês e tem como objetivo melhores condições de trabalho e aumento salarial em 75% para a categoria (o que equipararia o salário com as demais profissões que exigem ensino superior).
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Avenida Paulista foi tomada pelos 60 mil professores presentes no ato segundo a APEOESP (que pode ser visto no vídeo abaixo, em reportagem da TV Brasil), que teve como destino a Secretaria Estadual da Educação, na Praça da República. Durante todo o trajeto, ficou claro o descontentamento da categoria com a administração de Geraldo Alckmin, do PSDB, que não admite o estado de calamidade da educação em São Paulo e colocou a Tropa de Choque para seguir a manifestação.
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Ocupação da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP)
De quarta-feira (15) até quinta-feira (16) os professores ocuparam a ALESP, para pressionar uma negociação entre o governador Geraldo Alckmin e a categoria. A ação aconteceu após audiência pública sobre a greve e todos dormiram no plenário Juscelino Kubitschek. Na próxima quarta-feira (22) haverá uma nova audiência que, segundo a APEOESP, também terá sua participação.
Histórico
A greve se iniciou no dia 16 de março, com adesão espontânea de mais da metade da categoria logo no início. Em entrevista para o Colunas Tortas, a integrante do comando de greve no ABC paulista Marta Silva, revelou que as condições de trabalho dos professores são péssima e Geraldo Alckmin representa um inimigo.
“Ele nos trata como insignificantes, não respeita os direitos trabalhistas dos professores contratados, criou a divisão do professorado em categorias ( “O” , efetivo, e estável) e não respeita a lei do 1/3 que prevê que um terço da nossa jornada seja para organizar trabalhos, planejamento e etc”, revela Marta.
Instagram: @viniciussiqueiract
Vinicius Siqueira de Lima é mestre e doutorando pelo PPG em Educação e Saúde na Infância e na Adolescência da UNIFESP. Pós-graduado em sociopsicologia pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo e editor do Colunas Tortas.
Atualmente, com interesse em estudos sobre a necropolítica e Achille Mbembe.
Autor dos e-books:
Fascismo: uma introdução ao que queremos evitar;
Análise do Discurso: Conceitos Fundamentais de Michel Pêcheux;
Foucault e a Arqueologia;
Modernidade Líquida e Zygmunt Bauman.