Três argumentos de José Ortega y Gasset contra a direita brasileira – que o cultua

Através da análise do pensamento de José Ortega y Gasset exposto em A Rebelião das Massas é possível observar incongruência dos argumentos da atual direta brasileira que o coloca como pensador central e dos próprios argumentos do autor em questão. Ortega y Gasset provavelmente seria um dos maiores opositores do slogan que fez parte da campanha vitoriosa de Jair Bolsonaro no ano passado e que hoje é repetido à exaustão por seus apoiadores. Não apenas por considerar qualquer nacionalismo inútil, mas também porque seu grande objetivo em A Rebelião das Massas era mostrar como ele era um fenômeno improdutivo para a Europa da sua época.

O (não) fim da história: Gilberto Gil Vs Francis Fukuyama

No debate iniciado em 1989, com a publicação de “The end of the history”, de Francis Fukuyama, que supunha que a queda do Muro de Berlim e o esfacelamento da União Soviética significavam um fim da história tal como Friedrich Hegel havia descrito em 1806, após a Batalha de Jena, o cantor e compositor Gilberto Gil entrou com uma resposta a partir do conceito de “eterno retorno”, de Friedrich Nietzsche e da figura de Virgulino Ferreira da Silva, o “Lampião”, justiceiro pernambucano que, mesmo depois de morto, em 1938, permanece no imaginário popular como “mito que não se destrói”. O personagem em que o cangaceiro se transformou em algumas regiões do Brasil representaria, além do mais, a realização do projeto político do movimento tropicalista, amparado nas particularidades do país e nas suas possibilidades como alternativas e contrapontos ao avanço da civilização ocidental sobre o mundo.

Fascismo e a Itália: um elo fraco na cadeia imperialista

A Itália sofreu com contradições políticas desde sua primeira tentativa de unificação nacional, passando pelas contradições econômicas no processo de desenvolvimento da indústria no Norte e terminando pela própria forma de viver e olhar o mundo dividia entre as regiões Norte e Sul. O resultado foi um momento de crise político-ideológica entre as classes trabalhadoras, entre a classe capitalista e os grandes proprietários agrários.

Alemanha: um elo fraco na cadeia imperialista – Fascismo

A Alemanha foi um elo fraco do imperialismo devido à conturbada “revolução” democrática que manteve poder nas mãos do capital agrário. Estes, 1) causaram fraqueza política na medida em que tinham grande influência no bloco no poder, 2) causaram fraqueza ideológica pois ainda tinham dominância na ideologia vigente, com resquícios fortes do período feudal e 3) foram os grandes perdedores econômicos no desenvolvimento acelerado da indústria. Assim, as crises nas esferas política, ideológica e econômica tornaram o país fraco em relação aos outros países imperialistas.

O imperialismo em Poulantzas e a condição do fascismo – Fascismo

No artigo presente, será exposta uma introdução à teoria do imperialismo do filósofo grego Nicos Poulantzas. O imperialismo, diz o autor, forma uma rede com elos fracos e fortes. Através da relação dos países imperialistas entre si e entre suas formações sociais dependentes e dominadas, surge a hegemonia dos EUA após a segunda-guerra mundial, com tendência para a exportação de capitais para outros países imperialistas europeus. O fascismo, por sua vez, cresce da força de expansão do imperialismo e com o efeito de isolamento e unidade promovidos pelo Estado burguês na fase imperialista.

A fase de decomposição do capitalismo – Imperialismo

O presente artigo mostra a fase de decomposição do capitalismo através da dominação do imperialismo. Quem mais lucra com este esquema são os rentiers, as pessoas que não participam de nenhuma empresa, que são ociosas e ganham uma renda de juros. Tais agentes somados com os Estados exploradores de colônias são chamados por Lenin de parasitas, crias do capitalismo financeiro.

Clara Zetkin e a ofensiva da burguesia – Fascismo

O fascismo nasce como ofensiva da burguesia contra o proletariado e parte da responsabilidade de sua emergência é dos partidos comunistas e social-democratas que se tornaram reformistas diante da conjuntura revolucionária. A resposta de Clara Zetkin para a ofensiva fascista é o trabalho de base e a luta com uso da violência como autodefesa.

O mundo rapinado pelo capitalismo financeiro – Imperialismo

O artigo abaixo tem como objeto a expansão e partilha do mundo feita pelas associações monopolistas e pelas grandes potencias europeias. No capitalismo financeiro, o interesse do capital privado está unido aos interesses dos Estados, de tal maneira que o imperialismo se aplica como movimento na estrutura econômica, mas também como agente na esfera política e ideológica, como maneira de alocar as camadas rebeldes em postos de trabalho longe da metrópole.

O poder das oligarquias financeiras – Imperialismo

O presente artigo traça o desenvolvimento do capitalismo financeiro ano a ano no fim do século XIX e início do século XX. Com a dominação dos monopólios, os países com capitalismo em estágio avançado começaram a exportar capital para Estados menos desenvolvidos e colônias, formando uma rede de dependência ao redor do globo.

A ascensão dos bancos – Imperialismo

O monopólio industrial levou a um aumento de circulação de capital-dinheiro concentrado em poucas instituições, o que concentrou também o poder dos bancos sobre o monopólio industrial, gerando um novo tipo de monopólio, como consequência da fusão entre o capital industrial e o capital bancário. Assim nasce o capitalismo financeiro, com concentração de inteligência e capital nos bancos para o uso industrial.