Foucault como arqueólogo – Norman Madarasz

O artigo visa mostrar a proposta de Norman R. Madarasz em assumir que Foucault utilizou o método arqueológico em toda sua obra, às vezes diretamente, às vezes subordinado à tática genealógica. Por fim, o autor procura salientar também que a arqueologia é um tipo de análise estrutural e, portanto, Foucault não rejeitou o estruturalismo em sua obra, apesar de se posicionar distante a ele.

Memória discursiva – Michel Pêcheux

A memória discursiva é o suporte semântico de um discurso, seu funcionamento se dá através da repetição de enunciados, que forma uma regularidade discursiva. Esta, por sua vez, invoca significados através dos pré-construídos estabelecidos nas séries enunciativas. O exemplo utilizado do discurso religioso na televisão demonstra uma tentativa de ruptura no discurso religioso, retirando seu traço tradicional de resignação e sofrimento.

Lula: entre a amizade e a desconfiança dos pobres

… Com a Carta aos Brasileiros, portanto, Lula conseguiu convencer essas classes que a ordem seria mantida, o projeto democrático seria continuado e o Estado se manteria forte. Era o suficiente para quem já era visto desde o início dos anos 1980 como “amigo dos pobres” e como uma espécie de justiceiro social tal como o “Rambo”…

Foucault + Butler: curso online da USP

Michel Foucault e Judith Butler são dois pensadores contemporâneos de larga envergadura: o primeiro foi responsável por inovações metodológicas e concepções novas sobre as relações de poder, já a última é grande nome nos estudos de gênero e tem vasta produção sob a influência do filósofo francês. A Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas…

Acontecimento discursivo – Michel Pêcheux

O acontecimento discursivo entra como conceito-chave na obra de Pêcheux a partir de sua terceira fase. O pioneiro da Análise do Discurso Francesa (AD) criou o conceito para dar conta da variação de sentido alcançada por enunciados após sua prática. Por fim, o exemplo da Marcha das Vadias é utilizado para mostrar a funcionalidade analítica do conceito proposto.

“Não vou pagar o pato”, ou O discurso: estrutura ou acontecimento? – Michel Pêcheux

O slogan “não vou pagar o pato” promovido pela FIESP em favor do golpe de 2016, teve papel importante na concentração de interesses em manifestações pró-impeachment. Com base teórica a Análise do Discurso de linha francesa (AD), tendo como pioneiro Michel Pêcheux, entendemos que este enunciado carrega diferentes posições de sujeito para cada tipo de enunciador, sendo que o sujeito da enunciação legitimado pelas relações não discursivas é o membro da elite empresarial brasileira, representada por Paulo Skaf. Desta forma, colocamos como hipótese que a ilusão da classe trabalhadora (pobres e classe média) em ser representada por este enunciado se dá através dos mecanismos próprios do discurso.

Independência e exogamia – A sociedade contra o Estado

Da série “A Sociedade Contra o Estado”. Desde os primeiros registros dos cronistas europeus a respeito da região sul das Américas, a perspectiva sobre os povos nativos sempre foi muito direcionada ao modo como suas ações eram movidas por meio da selvageria. A unica exceção que beirava uma simpatia a esses indivíduos era a civilização…

Bauman na sala de aula – CTSA#1

Da série “Colunas Tortas na Sala de Aula”. Nas últimas três décadas, Zygmunt Bauman (1925 – 2017) se firmou como um dos pensadores mais importantes da atualidade. Após sua aposentadoria do departamento de sociologia da Universidade de Leeds, o sociólogo desenvolveu uma maneira particular de interpretar a contemporaneidade, baseada na analogia entre o líquido e o…