A linguagem – Ferdinand de Saussure

A linguagem é o conjunto dos hábitos linguísticos somados à sua prática individual por meio do aparelho vocal e, de maneira escamoteada, da presença de uma forma-sujeito de indivíduo livre. Ela é definida como a união entre a língua, sistema normativo e coletivo, e a fala, elemento individual. Sendo que a segunda é subordinada à primeira justamente por ser dependente dos indivíduos considerados sob a forma do sujeito abstratamente livre.

Da subjetividade na linguagem – Émile Benveniste

Para Émile Benveniste, a linguagem é a condição de existência do “eu” na medida em que ele só é formado através da possibilidade do locutor se propôr como sujeito. Antes disso, há um momento de intersubjetividade, na medida em que o “eu” só poderá existir na presença de um “tu”. O par “eu-tu” é necessário para a delimitação do eu, sendo assim, a intersubjetividade é elemento central na possibilidade de existência da subjetividade (e não o contrário). Por fim, é através de indicadores dêiticos que a subjetividade é emergida na enunciação.

O signo linguístico – Émile Benveniste

Para Ferdinand de Saussure, o signo linguístico é a união arbitrária entre um significante e um significado. Émile Benveniste revisa este conceito, pois insere a dimensão do necessário à aparente contingência na relação entre estes dois elementos. Tal revisão nasce de seu foco no ponto de vista do locutor e, assim, do signo em uso.