FLORENCE, Maurice. FOUCAULT. IN HOUISMAN, Denis. Dicionário dos filósofos. 1ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001, p. 388-391. E se quisermos enquadrar Foucault na tradição filosófica, será na tradição crítica, de Kant, que poderemos inserir seu empreendimento História Crítica do Pensamento, mas abstendo-nos de entendê-la como uma história das idéias que seja ao mesmo tempo…
Categoria: Filosofia
A filosofia como conhecemos e como praticamos surgiu no Oriente Médio, na Jônia de Tales de Mileto (hoje Turquia).
Foi uma consequência das investidas do pensamento racional sobre o pensamento mítico.
O Colunas Tortas tem como objetivo levar a discussão da filosofia contemporânea, com autores como Sartre, Foucault, Marx, Pêcheux, Nietzsche e Cioran para o cotidiano de pessoas interessadas em olhar o mundo sob os óculos da crítica e da rebeldia.
Veja abaixo todos os artigos sobre filosofia que o Colunas Tortas tem armazenado:
Loucura enquanto ofuscamento – Michel Foucault
Enquanto o homem clássico se encontra sempre no trajeto da verdade que passa profundidade da noite e pela verdade da luz, o desatinado se perde pelas imagens que confundem o dia com a noite. O ofuscamento é forte o bastante para aproximar a loucura do signo da indiferença em relação à realidade.
A loucura em René Descartes – DROPS #12
DESCARTES, René. Meditações. 2º ed. São Paulo: Martins Fontes, 2005 (Clássicos), p. 31-33. Tudo o que recebi até o presente como mais verdadeiro e seguro, aprendi-o dos sentidos ou pelos sentidos; ora, algumas vezes experimentei que tais sentidos eram enganadores, e é de prudência jamais confiar inteiramente naqueles que uma vez nos enganaram. Vinicius SiqueiraInstagram:…
Loucura e o sonho – Michel Foucault
Na loucura, um sonho é afirmado como real e conduz ao erro. O erro está elevado à impossibilidade do acerto, não exatamente à falta de correspondência do que se percebe com a realidade. A loucura, a partir do erro e da imersão no sonho, se faz como nada. Mas em seu estatuto de nada, a loucura paradoxalmente se manifesta na ordem da razão e, assim, é identificada em suas positividades particulares.
A grande internação – Michel Foucault
A pobreza foi o primeiro alvo formal das casas de internação, uma multiplicidade disforme foi seu habitante de fato: após o esvaziamento dos leprosários, o espaço vazio foi preenchido por uma massa confusa. Um novo gesto organiza uma nova sensibilidade à miséria e à assistência aos pobres, ao mesmo tempo, cria uma espaço que será preenchido pela confusa massa de desatinados, de infelizes percebido sob o signo da loucura durante a Idade Clássica através do nascimento de uma nova razão.
Por que sentamos em fileiras? Por Michel Foucault – DROPS #10
FOUCAULT, Michel. As malhas do poder. Barbárie, nr. 5, pp. 34-42, verão de 1982. Temos o hábito — e aí mais uma vez conforme o espírito de um marxismo um tanto primário – de dizer que a grande invenção, todo mundo sabe disso, foi a máquina a vapor, ou então, são invenções desse tipo. É…
As 4 características do delírio na Idade Clássica – Michel Foucault
A estrutura de percepção do delírio o coloca como elemento que transcende o corpo e atinge a alma, que transcende a observação do corpo e atinge uma estrutura elementar da loucura mas, ao mesmo tempo, é animado pela sua existência. A totalidade do corpo e da alma estão em jogo no discurso delirante.
O indivíduo e a disciplina em Michel Foucault – DROPS #9
FOUCAULT, Michel. Terceira Parte: Disciplina IN Vigiar e Punir: o nascimento da prisão. 20ª ed. São Paulo: Vozes, 1999, p. 160-161. Grifos e quebras de parágrafo minhas. As disciplinas marcam o momento em que se efetua o que se poderia chamar a troca do eixo político da individualização. Nas sociedades de que o regime feudal…
As quimeras da loucura – Michel Foucault
Entende-se o delírio como momento para a expressão da verdade última da loucura, enquanto linguagem delirante que, num salto irônico, tem base na própria linguagem da razão. Convive com a linguagem da razão, pois é como que o espaço delimitado e excluído por ela: a linguagem delirante trabalha com a lógica irredutível e rigorosa da razão, mas através de um fio condutor ilusório.
O indivíduo e a epistémê em Michel Foucault – DROPS #8
FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas. 8ª ed. — São Paulo: Martins Fontes, 1999, p. 85-86. Grifos meus e quebras de parágrafo minhas. Um sistema arbitrário de signos deve permitir a análise das coisas nos seus mais simples elementos; deve decompor até a origem; mas deve também mostrar como…