COURTINE, Jean-Jacques. Análise do discurso político: o discurso comunista endereçado aos cristãos. São Paulo: EdUFSCAR, 2009, p. 99-101. O nível do enunciado: descrição do interdiscurso de uma FD a) Interdiscurso e saber. Diremos que é no interdiscurso de uma FD, como articulação contraditória de FD e de formações ideológicas, que se constitui o domínio do…
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O discurso – Dominique Maingueneau
Entende-se que o emprego do termo discurso assume um duplo alcance, pois designa objetos que estão em análise (por exemplo, o discurso sobre a loucura na Idade Clássica), mas também exemplifica determinada visão que se tem sobre eles: quando se diz que a loucura é um discurso, se diz que a loucura será tratada como discurso, será um objeto teórico da análise do discurso, diz-se que ela mobiliza certas ideias-força, que está para além de uma opinião pessoal ou de um texto acadêmico, mas se situa também num dispositivo de comunicação, às normas que são praticadas através dele e aos grupos e sujeitos que adquirem legitimidade por falarem através do discurso analisado.
Formação ideológica, formação discursiva e interdiscurso, por J-J. Courtine – DROPS #47
COURTINE, Jean-Jacques. Análise do discurso político: o discurso comunista endereçado aos cristãos. São Paulo: EdUFSCAR, 2009, p. 70-73. 1. “Formação discursiva” nos trabalhos de M. Pêcheux A problemática de Pêcheux comporta dois aspectos ligados, mas distintos, e isto desde a publicação de 1969 de Análise automática do discurso. Esses dois elementos viram suas relações variarem…
Memória discursiva, por Jean-Jacques Courtine – DROPS #30
COURTINE, Jean-Jacques. Análise do discurso político: o discurso comunista endereçado aos cristãos. São Paulo: EdUFSCAR, 2009, p. 104-106. Introduzimos assim a noção de memória discursiva na problemática da análise do discurso político. Essa noção nos parece subjacente à análise das FD que a Arqueologia do saber efetua: toda formulação apresenta em seu “domínio associado” outras…
O nível do enunciado e o nível da formulação em J.-J. Courtine – DROPS #29
COURTINE, Jean-Jacques. Análise do discurso político: o discurso comunista endereçado aos cristãos. São Paulo: EdUFSCAR, 2009, p. 92-96. Seja (1) um enunciado extraído do corpus da pesquisa: (1) Nossa política em relação aos cristãos não tem absolutamente nada de uma tática de circunstância, é uma política de princípio. Colunas TortasEntre em nosso canal no telegram:…
Janta Filosófica #59: a posição de sujeito e a análise do discurso
Da série “Janta Filosófica“. Em nossa 59ª Janta Filosófica, falei sobre a noção de posição de sujeito em Jean-Jacques Courtine complementando com o entendimento fornecido por Michel Foucault e Michel Pêcheux acerca da questão. Colunas TortasEntre em nosso canal no telegram: https://t.me/colunastortas. O Colunas Tortas é uma proto-revista eletrônica cujo objetivo é promover a divulgação…
Sujeito em análise do discurso, por Jean-Jacques Courtine – DROPS #26
COURTINE, Jean-Jacques. Análise do discurso político: o discurso comunista endereçado aos cristãos. São Paulo: EdUFSCAR, 2009, p. 87-89. Se o sujeito do enunciado não pode ser concebido como idêntico ao autor da formulação é porque o sujeito do enunciado “é uma função vazia podendo ser preenchida por indivíduos até certo ponto indiferentes, ao formularem o…
Quais habilidades se espera de um analista do discurso, por Eni Orlandi – DROPS #24
ORLANDI, Eni. Entrevista: Eni Orlandi. Canal do YouTube da Associação Brasileira de Linguística – Abralin, 2019. Acesso em 25 jul 2022. Disponível em <<https://www.youtube.com/watch?v=BdWBAZPEKoY>>. Agora, eu vou começar a falar sobre quais habilidades esperamos e deve se esperar de um investigador em análise do discurso. Primeiro de tudo, sem dúvida, a capacidade de ouvir, a habilidade…
O Outro e o eu na análise do discurso, por Sírio Possenti – DROPS #23
POSSENTI, Sírio. O “Eu” no discurso do “Outro” ou a subjetividade mostrada. Alfa, São Paulo, 39: 45-55, 1995. Disponível em <<researchgate.net>>. Parece que se pode dizer que tais análises mostram claramente, em relação ao sujeito do discurso, que, de duas uma: ou ele não está sozinho, ou não executa seu papel uniformemente. Em qualquer dos…
O enunciador – Dominique Maingueneau
Desta forma, entende-se o enunciador como uma instância que aparece na enunciação do locutor e que, justamente por sua característica de instância linguística/discursiva, possibilita a fala de posições diferentes, opostas das suas. O enunciador, assim, não é a pessoa, o falante, o sujeito falante, o enunciador é um momento de existência no processo de enunciação, um momento de separação da fonte do que se diz, que pode se confundir com o locutor ou não, podendo ser inclusive seu oposto.