FLORENCE, Maurice. FOUCAULT. IN HOUISMAN, Denis. Dicionário dos filósofos. 1ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001, p. 388-391. E se quisermos enquadrar Foucault na tradição filosófica, será na tradição crítica, de Kant, que poderemos inserir seu empreendimento História Crítica do Pensamento, mas abstendo-nos de entendê-la como uma história das idéias que seja ao mesmo tempo…
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A loucura em René Descartes – DROPS #12
DESCARTES, René. Meditações. 2º ed. São Paulo: Martins Fontes, 2005 (Clássicos), p. 31-33. Tudo o que recebi até o presente como mais verdadeiro e seguro, aprendi-o dos sentidos ou pelos sentidos; ora, algumas vezes experimentei que tais sentidos eram enganadores, e é de prudência jamais confiar inteiramente naqueles que uma vez nos enganaram. Vinicius SiqueiraInstagram:…
Temporalidade contemporânea a partir de Zygmunt Bauman – DROPS #11
Índice Introdução; Sempre conectados; Temporalidade na presença; Escravidão maquínica; Considerações finais. Referências. Introdução Na relação entre tempo e espaço, o primeiro termo é justamente aquele que pode ser manipulável, é o elemento que pode se flexibilizar, é a parte que pode ser rompida, encurtada. O tempo pode ser percebido de maneira diferente justamente quando o…
Por que sentamos em fileiras? Por Michel Foucault – DROPS #10
FOUCAULT, Michel. As malhas do poder. Barbárie, nr. 5, pp. 34-42, verão de 1982. Temos o hábito — e aí mais uma vez conforme o espírito de um marxismo um tanto primário – de dizer que a grande invenção, todo mundo sabe disso, foi a máquina a vapor, ou então, são invenções desse tipo. É…
O indivíduo e a disciplina em Michel Foucault – DROPS #9
FOUCAULT, Michel. Terceira Parte: Disciplina IN Vigiar e Punir: o nascimento da prisão. 20ª ed. São Paulo: Vozes, 1999, p. 160-161. Grifos e quebras de parágrafo minhas. As disciplinas marcam o momento em que se efetua o que se poderia chamar a troca do eixo político da individualização. Nas sociedades de que o regime feudal…
O indivíduo e a epistémê em Michel Foucault – DROPS #8
FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas. 8ª ed. — São Paulo: Martins Fontes, 1999, p. 85-86. Grifos meus e quebras de parágrafo minhas. Um sistema arbitrário de signos deve permitir a análise das coisas nos seus mais simples elementos; deve decompor até a origem; mas deve também mostrar como…
A loucura em John Locke – DROPS #7
Abaixo, excertos relacionados à loucura e retirados do Ensaio acerca do entendimento humano* de John Locke, publicado originalmente em 1689. Para recolhê-los, foram utilizadas as palavras-chave “louc” (para cobrir “louco”, “loucura”, “louca”), “idiot” (para cobrir “idiota”, “idiotia”), “imbec” (para cobrir “imbecil”, “imbecilidade”) e, por fim, “estup” (para cobrir “estúpido”, “estupidez”). Não foram encontrados registros de…
A morte do homem em Michel Foucault – DROPS #6
FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas. 8ª edição, São Paulo: Martins Fontes, 1999, p. 535-536. A morte do homem em Michel Foucault É que toda a epistéme moderna – aquela que se formou por volta do fim do século XVIII e serve ainda de solo positivo ao nosso saber, aquela que constituiu o modo…
Poder: Marx contra Foucault – DROPS #5
Segundo a crítica de Armando Boito Jr., a noção de poder em Michel Foucault representaria algo difuso, descentralizado, desmobilizante e desagregador. Difuso na medida em que nega as localizações estratégicas do poder nas relações de classe, descentralizado na medida em que retira o Estado do centro da análise também retirando o poder de sua centralidade institucional, desmobilizante na medida em que seria fundamento para movimentos que não se centram na conquista do poder de Estado e desagregador na medida em que prejudicaria uma noção coletiva de classe, afunilando as lutas sociais para pautas particularistas.
A genealogia do poder em Michel Foucault – DROPS #4
A criminologia tradicional, positivista, biologicista, pôde ser criticada através justamente da aplicação de uma genealogia do poder, da aplicação do procedimento foucaultiano de análise, de forma que foi possível encontrar o crime num jogo de relações de poder maior que as relações imediatas que se desenrolavam no momento do crime.